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Criminalidade

Dezesseis pessoas são vítimas de homicídio em Três Lagoas

Sejusp aponta redução de crimes, mas o crescimento industrial no município acarreta mazelas e mais violência.

Sejusp aponta redução de crimes, mas o crescimento industrial no município acarreta mazelas e mais violência. - Alfredo Neto/RCN67
Sejusp aponta redução de crimes, mas o crescimento industrial no município acarreta mazelas e mais violência. - Alfredo Neto/RCN67

Mais um caso de homicídio foi registrado, em Três Lagoas, e o número de pessoas assassinadas chega a 16, entre os meses de janeiro e dezembro. A última ocorrência foi no bairro Jardim Dourados, na madrugada de quinta-feira (14).

A vítima  Alexandro da Cruz Farias, de 35 anos, foi morta a tiros na rua José Hamílcar Congro Bastos, em frente da própria residência. O homem é conhecido na região pelo apelido de “Zoio” e foi atingido no tórax.

O suspeito do crime ainda não foi localizado pela polícia. A mulher de Alexandro relatou para a Polícia Militar que ouviu os disparos e quando foi até a calçada da casa viu o suspeito atirando contra o seu marido. Ela presenciou o assassinato e disse que tentou se jogar sobre o marido para salvá-lo, mas o atirador teria apontado o revólver para ela. 

O suspeito usava uma touca no rosto e ela disse à polícia que, na tentativa de impedir a execução do esposo, conseguiu retirar a touca do atirador e viu o rosto dele. No entanto, o suspeito conseguiu fugir a pé. 

Nesta mesma semana, o suspeito Danilo Henrique Caboclo Simões, de 28 anos, morreu após ser atingido por disparo e ficar internado na Santa Casa de Campo Grande. No dia 25 de novembro, ele foi baleado, na rua Plínio Alarcon. Segundo investigações, Danilo suspostamente teria matado a facadas Valquírio Ferracini, de 33 anos, no bairro São João. Durante a ação criminosa, Danilo foi alvejado.

Conforme os dados da Secretaria de Justiça e Segurança Pública de Mato Grosso do Sul (Sejusp), a quantidade de pessoas assassinadas neste ano quase equiparou ao total de homicídios ocorridos no mesmo período de 2022, quando foram registrados 19 mortes violentas. 

Apesar da quantidade de casos chamar a atenção, houve redução de mortes violentas no comparativo com os últimos cinco anos. Para o delegado regional da Polícia Civil de Três Lagoas, Ailton Pereira, essa redução nos índices de homicídios é consequência ao recebimento de mais efetivo, como investigadores, escrivães e delegados, que permitiram o andamento de inquéritos policiais e a realização de trabalhos externos, como a conclusão de algumas investigações.

"Ajudou muito no combate à criminalidade. Além, é claro, dos recursos materiais como viaturas, coletes e armamento”, destacou.

O município de Três Lagoas vive fase de crescimento econômico com a chegada de novas empresas e novos moradores, que buscam trabalhar nas novas indústrias que estão se instalando na região. Porém, com o progresso caminham também muitas mazelas, incluindoo aumento da violência urbana. Em uma avaliação das autoridades, o mês de novembro é considerado o mais violento de 2023, com cinco homicídios registrados.

Porém, a Polícia Civil aponta avanço na segurança e informou que a maioria dos autores desses crimes foi preso e colocado à disposição da justiça. 

Além disso, a Sejusp informou que houve uma redução de todos os 12 índices criminais, no estado. As maiores reduções foram registradas em roubos seguidos de morte, que caíram -54,5% e nos feminicídios -35,3%, no comparativo de outubro de 2023 com o mesmo período de 2022. E os homicídios apresentaram queda de -10,4% no mês de outubro deste ano, com 344 mortes violentas em Mato Grosso do Sul, em comparação com o mesmo período do ano passado, quando foram registrados 384 assassintos.