Pesquisa divulgada nesta semana pela empresa Ibrape, de Campo Grande, aponta a possibilidade de reeleição do governador de Mato Grosso do Sul, Reinaldo Azambuja (PSDB), no primeiro turno das eleições deste ano. Computados os votos válidos, Azambuja teria 49,43% e o seu principal adversário, o juiz aposentado Odilon de Oliveira (PDT), 30,54%.
A pesquisa foi realizada entre os dias 22 e 24 deste mês, com 1.040 eleitores nas regiões de Campo Grande, Norte, Costa Leste, Vale do Ivinhema, Sul, Grande Dourados, Sudoeste e Pantanal, e foi registrada no Tribunal Regional Eleitoral (TRE) com o número 04832. A margem de erro é de 3% para mais ou para menos e o nível de confiança de 95%.
De acordo com a pesquisa, 39% dos entrevistados acham que a eleição será decidida no primeiro turno e 37% acham que haverá o segundo, no Estado.
Na estimulada, Azambuja aparece com 42% das intenções de voto; Odilon com 26%; Junior Mochi (MDB) com 7%; Humberto Amaducci (PT) 6%; Marcelo Bluma (PV) e João Alfredo (PSOL) tiveram 2% cada. Votos brancos e nulos somaram 10%, e 5% responderam que não sabem.
Na pesquisa espontânea, Azambuja teve 36% das intenções de voto; Odilon, 22%; Mochi, 3%; Amaducci, 2%; Marcelo Bluma, 1%, e João Alfredo não pontuou. Brancos e nulos totalizaram 34% e 2% dos entrevistados citaram nomes de pessoas que não estão na disputa, segundo a empresa.
Quanto à rejeição, Azambuja teve 22%; Bluma, 16%; João Alfredo, 15%; Amaducci, 14%; Odilon, 12%, e Mochi, 10%. Do total de entrevistados, 23% não responderam.
Na análise dos dados por região, Azambuja aparece na liderança na pesquisa estimulada. Na Capital, o candidato obteve 37% contra 28% de Odilon de Oliveira, e no interior, 45% ante 25% do candidato do PDT. No Norte, Azambuja teve 39% das intenções de voto e Odilon, 22%; na Costa Leste, 46% a 26%, respectivamente. Na região do Vale do Ivinhema, 48% a 24%; na Grande Dourados, 45% a 29%; na região Sul, 45% a 20%; no Sudoeste, 48% a 21%, e no Pantanal, 45% a 30%.
PROPAGANDA
A pesquisa mostra ainda que a propaganda eleitoral no rádio e na TV não deve influenciar o eleitorado: 60% disseram que não veem os programas; 16% sim. “O horário eleitoral perdeu o encanto para o eleitor”, na avaliação de Paulo Catanante, presidente da Ibrape. Os debates, mostra a pesquisa, podem influenciar o voto do eleitor.
Segundo a Ibrape, não haverá mudança no cenário eleitoral porque 44% afirmaram que não mudariam o seu voto se nas vésperas do pleito recebessem algum tipo de proposta, vantagem ou oferta de dinheiro. “O povo está por dentro da legislação eleitoral mais do que a gente imagina, ele sabe que isso e proibido” diz o presidente do instituto.
“Nesse cenário, considerando somente os votos válidos e levando-se em consideração a margem de erro, Reinaldo Azambuja precisaria de mais 1% dos votos para vencer no primeiro turno”, avalia Catanante.