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Editorial

Uma cobrança certa e antiga

Leia o Editorial na edição deste sábado (29) do Jornal do Povo

As eleições de outubro foram dadas como causa de novo adiamento no trabalho de uma CPI montada na Câmara de Três Lagoas para apuração da qualidade da prestação de serviços pela empresa Elektro ao município. Vereadores da comissão aceitaram alegação de colegas de plenário, que são candidatos, que estariam com dificuldades para acompanhar o andamento da apuração. Nada de errado. O problema é que essa comissão já está completando um ano de instalação e muito pouco, ou quase nada, foi feito até agora.  Salvo uma audiência pública, há duas semanas, após meses de demora para a contratação de uma assessoria especializada, nenhum movimento foi registrado na comissão. 

Cobrar a companhia para a prestação de um serviço qualitativo não deveria, contudo, depender do trabalho de uma comissão de vereadores. O setor de contratações da prefeitura tem poder para isso e, por meios contidos no contrato com o município. O que não se explica é porque Três Lagoas é uma cidade escura, com constantes quedas de energia e porque não dá um passo na modernização da iluminação pública com a instalação de lâmpadas de Led, pois as luminárias das nossas ruas são da década de 1970.

O tema já foi abundantemente debatido não apenas na Câmara, onde funciona a CPI. Na imprensa, entre empresários, nas entidades de classe e associações de bairro já se falou bastante sobre isso. E a empresa afirma que cumpre o contrato com a prefeitura.

Uma das causas dos problemas é o crescimento da cidade, sem dúvida. Porém, um prestador de serviço para uma cidade que cresce como Três Lagoas precisa ter planejamento e condições de cumprir o contrato. Certamente que a Elektro tem. Só falta ser cobrada e punida, se for o caso, em situação de irregularidade. A comissão foi montada para verificar exatamente isso.