Quem passou pela Prefeitura de Campo Grande na manhã desta quarta-feira (7) se surpreendeu com protesto em frente ao local. As assistentes de educação infantil da Rede Municipal de Ensino (Reme) estavam mobilizadas com cartazes, pandeiros e megafones, pedindo por melhoria na condição de trabalho, aumento salarial e ampliação do número de assistentes para atender a educação infantil.
A equipe da CBN Campo Grande conversou com os manifestantes que preferiram não se identificar, mas reclamaram da falta de recursos nas escolas municipais, dos baixos salários e desvalorização, principalmente até o grupo três, que atende crianças de até três anos de idade.
“O nosso protesto hoje é porque precisamos de melhoria, precisamos de um salário digno, precisamos ser vistas como assistente. Nas EMEIs (Escola Municipal de Educação Infantil) que trabalhamos não somos vistas como assistente […]. Tem muitas crianças especiais, precisamos de pessoas para cuidar dessas crianças e não temos. Estamos cansadas e sobrecarregadas", comentou uma das manifestantes.
Uma outra manifestante reclamou dos valores descontados na folha de pagamento. “Sai processo e mais processo e ninguém quer entrar, porque o salário é pouco e a condição de trabalho está adoecendo o corpo de funcionários da prefeitura que ficam nas escolas.”
Outra situação que lamentaram foi sobre a falta de atenção às crianças menores de três anos. Segundo eles, as crianças especiais no grupo três e no grupo dois, não estão tendo acesso a professores especiais, o que é um direito à educação conforme a Lei Federal (art. 59, inciso IV, da Lei Federal n.o 9.394/96, e o art. 28, do Decreto n.o 3.298/99).
A reportagem da CBN Campo Grande entrou em contato com a Prefeitura de Campo Grande. Segue a resposta na íntegra:
"A Prefeitura recebeu na manhã desta quarta-feira (7), representantes das assistentes de educação infantil, buscando melhorias para a categoria. Durante a reunião, ficou acordado que o grupo vai participar da elaboração do edital do processo seletivo para contratação dos profissionais. Após o carnaval, representantes do Sindicato e da Prefeitura, estarão reunidos para a construção do edital", diz a nota.