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STJ afasta desembargador de MS

Divoncir foi alvo operação da Polícia Federal por soltar o mega narcotraficante na pandemia

A operação Tiradentes envolveu Receita e Polícia Federal.
A operação Tiradentes envolveu Receita e Polícia Federal.

A Polícia Federal com apoio da Receita Federal realizou Operação Tiradentes para cumprir mandados de busca e apreensão no gabinete do desembargador Divoncir Schreiner Maran por determinação do Superior Tribunal de Justiça (STJ). As diligências foram, também, realizadas em Bonito. Até advogados foram surpreendidos por policiais federais logo cedo batendo a porta de suas residências.

Divoncir acabou sendo afastado do cargo por mandar soltar o megatraficante Guilhermo Palermo, em 2020, durante a pandemia. O magistrado está sendo investigado por lavagem de dinheiro e corrupção. A operação é o desdobramento da decisão do desembargador ter concedido liminar em pedido de habeas corpus para colocar Palermo em prisão domiciliar, condicionada à monitoração eletrônica.  Gerson Palermo, acusado por crimes de tráfico internacional de drogas, lavagem de capitais e organização criminosa, rompeu a tornozeleira e fugiu logo depois de ser solto por Divoncir. Até hoje a polícia não conseguiu recapturá-lo.

A decisão do STJ determinou, ainda, a proibição de acesso do desembargador Divoncir Maran às dependências do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul, além da comunicação com funcionários e utilização de seus serviços, seja diretamente ou por terceiros, sob pena de decretação da prisão preventiva.