O presidente da Câmara de Vereadores de Três Lagoas, André Bittencourt (PSDB), apresentou na sessão da Câmara desta semana, uma indicação para que a prefeitura estude a possibilidade de reduzir a jornada de trabalho dos servidores de oito para seis horas.
Bittencourt disse que têm muitos servidores afastados com licença médica em decorrência de problemas de saúde devido ao trabalho. O presidente da Câmara informou que vai realizar uma audiência pública, no início do próximo ano, para apresentar dados do número de funcionários afastados. A indicação de André teve o apoio de outros vereadores.
Até a gestão da ex-prefeita Márcia Moura (MDB), os servidores trabalhavam seis horas por dia. Assim que Ângelo Guerreiro (PSDB) assumiu a administração, em janeiro do ano passado, o expediente voltou para oito horas diárias.
Por meio de sua assessoria, Guerreiro disse ontem que mantém a mudança feita porque "está dando resultados positivos". Além disso, adiantou que já foi procurado por empresários contrários a possibilidade de a prefeitura voltar a funcionar em meio expediente. Caso reduza a jornada de trabalho dos servidores, a prefeitura teria que funcionar apenas em um período.
Na próxima semana, Guerreiro deve se reunir com representantes da Associação Comercial e do Sindicato do Comércio Varejista para discutir o assunto.
PROCESSO SELETIVO
Outro assunto que gerou polêmica na sessão da Câmara desta semana foi um processo seletivo realizado para a contratação de professores para o ano letivo de 2019. A prefeitura contratou a empresa Fapec para realizar o processo. A taxa de inscrição custa R$ 50. Alguns vereadores se posicionaram contra, entre eles, o presidente da Câmara. Parlamentares alegam que esse processo seletivo vai tirar a oportunidade dos professores de Três Lagoas, e possibilitar que profissionais de outras cidades participem.
O secretário de Administração, Gilmar Tabone, disse que a prefeitura optou pelo modelo visando a legalidade e que "é inconstitucional privar pessoas de outras cidades de participarem".
Tabone disse ainda que a Fapec tinha sugerido uma inscrição de R$ 135, mas o prefeito não concordou e optou por um preço mais baixo. Além disso, ressaltou que, existe uma comissão formada por representantes das secretarias de Administração, Educação e do sindicato que representa os professores, que acompanha esse processo.