Esperança de ano bom

Não apenas pela troca do comando da Presidência da República, e também pela instalação de um novo modelo de governar, mas igualmente porque o início de um ano gera, invariavelmente, a renovação de esperanças, por menores que sejam. O Brasil vive um momento diferente, neste fim de dezembro. Há uma expectativa positiva mais acentuada do que em épocas semelhantes, anteriormente. E é claro que isto tem a ver com a troca do comando da União. 

Nos municípios, onde realmente tudo acontece, a expectativa de dias melhores não se desprende da questão administrativa. Os atuais governantes entram, nos próximos dias, em seu terceiro ano de governo – tempo suficiente para já terem “arrumado a casa” e ao menos iniciado a execução de projetos próprios. Não vale mais a desculpa de que o orçamento “herdado” não foi bem elaborado nem que o pagamento de dívidas impede investimentos.

Em tudo isso, é preciso recordar como a campanha eleitoral deste ano deixou patente a vontade do brasileiro de aplicar mudanças no comando político do país. O presidente eleito Jair Bolsonaro fez um terço da campanha, após o ataque sofrido em Minas Gerais, em que quase morreu. Ainda convalescendo, falou de seus planos sozinho, com 28 segundos de tempo de televisão nos programas gratuitos, e deu recados via redes sociais. O brasileiro comprou a ideia de colocar um militar de volta ao comando da Nação não apenas porque viu boas propostas de Bolsonaro. Foi, sim, porque quer mudanças.