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Em 24 Horas

Superlotação é agravada na Santa Casa

Hospital alega cenário crítico e está com 118 pacientes internados na área de ortopedia, dos quais 47 precisam de cirurgia urgente

Pacientes que deveriam estar em enfermarias
Pacientes que deveriam estar em enfermarias

Desde segunda-feira (12), a Santa Casa de Campo Grande enfrenta superlotação de pacientes e, nesta quarta-feira (14), a diretoria técnica informou que a situação foi agravada nas últimas 24 horas. Por meio de nota divulgada, o hospital alega cenário crítico, que exige ações imediatas para garantir a qualidade e a segurança do atendimento aos pacientes, e afirma estar buscando soluções junto às autoridades competentes, para ampliar a capacidade de atendimento e reduzir o tempo de espera.

Ainda segundo informações fornecidas pelo hospital, são 118 pacientes internados na área de ortopedia, dos quais 47 precisam de cirurgia urgente. Além disso, 22 pacientes estão no pronto-socorro esperando por uma vaga na enfermaria. A maioria desses casos é de ortopedia, provenientes de diferentes regiões do estado.

O diretor técnico da Santa Casa, Dr. William Lemos, informou que, por conta da urgência e agravo na situação, um maior contingente de atuação junto às equipes ortopédicas foi acionado nesta manhã para garantir a maior vazão, e vários pacientes foram encaminhados para o centro cirúrgico sem a garantir do leito de retaguarda na enfermaria. Dessa forma, o hospital pretende resolver os casos mais simples.

"A gente teve que tomar essa conduta uma vez que há pacientes aguardando há mais de 24 horas em macas improvisadas e nós não estávamos conseguindo dar o giro adequado dos leitos para atender suficientemente o número de pacientes que chega. Dessa forma, vários pacientes estão sendo encaminhados ao centro cirúrgico para realizar a sua cirurgia e nós acionamos um protocolo, que já existe internamente e precisou ser acionado dessa forma, para que o paciente pudesse receber alta diretamente do centro cirúrgico sem ter acesso ao leito de enfermaria. É um protocolo que é acionado justamente para dar maior agilidade e as equipes nos andares têm atuado junto para poder agilizar ao máximo as altas e as disponibilizações dos leitos, mas nós temos tido sim uma dificuldade pelo grande número de pacientes que têm chegado até o hospital", explicou Lemos.

Em nota à CBN Campo Grande, a Secretaria Municipal de Saúde (Sesau) informou que o setor técnico está em contato com o hospital para "entender a situação e definir medidas para evitar a sobrecarga do serviço, direcionando o fluxo de atendimento para outras unidades hospitalares, caso necessário. O município mantém os encaminhamentos dentro daquilo que é pactuado com o hospital, observando o cenário atual".