Sífilis: número de casos sobe 85% em Três Lagoas

Uma doença que não escolhe sexo, idade e nem classe social. O contágio da sífilis é tão democrático quanto a prevenção dela através da rede pública de saúde. A doença transmitida pela bactéria treponema pallidum, principalmente por via sexual, mas também da mãe para o filho, durante a gravidez. O aumento de casos em moradores de Três Lagoas entre 2017 e 2018 foi de 85% e o índice gera alerta à saúde pública municipal.

Segundo o enfermeiro e coordenador do Programa Municipal de Infecções Sexualmente Transmissíveis, Hepatites Virais e Aids (IST-HIV/Aids), Jessé Milanez dos Santos, o ano de 2018 encerrou com 102 pessoas em tratamento e fechou o primeiro trimestre com 11 novos casos diagnosticados positivos e em tratamento.
Conforme dados do programa, a doença atinge, principalmente, homens com idade entre 20 e 29 anos e representam 63% dos pacientes em Três Lagoas.

CUIDE-SE!
As medidas para prevenção da sífilis e do HIV, que são Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST), e o tratamento são oferecidos pelo Sistema Único de Saúde (SUS). O uso do preservativo é a principal forma de prevenção. Apesar disso, Santos afirma que a sífilis está voltando com intensidade nos últimos anos.

Os testes rápidos são os que detectam a presença do vírus da sífilis e da Aids, além dos vírus das hepatites B e C. O diagnóstico fica pronto em 10 minutos.

O tratamento, de acordo com ele, é rápido e ofertado gratuitamente pela rede pública. O antibiótico penicilina benzatina (Benzetacil) é o medicamento indicado. “Em geral, é feito de duas a três aplicações. No caso da sífilis primária, uma única dose de penicilina benzatina intramuscular já o suficiente para a cura”, explica.

EM GESTANTES
A sífilis em gestantes, a chamada sífilis congênita, quando não tratada ainda no início, pode passar para o bebê e causar cegueira, demência e más formações, no caso de fetos. É indicado que o parceiro também faça o teste rápido e, em caso positivo, inicie tratamento.