Veículos de Comunicação

Três Lagoas

Marisa Rocha tem mandato cassado durante sessão

Marisa, que está no sexto mandato de vereadora, foi condenada em 2016 por acobertar um foragido da Justiça em seu sítio

A vereadora de Três Lagoas, Marisa Rocha (PSB), teve o mandato cassado na sessão desta terça-feira (7), por ter sido condenada em sentença transitada em julgado por acobertar um foragido da Justiça em seu sítio, como caseiro, em 2013.  

A juíza Janine Rodrigues de Oliveira Trindade da 1ª Vara do Juizado Especial Cível e Criminal de Três Lagoas enviou à Câmara, na semana passada, um pedido de providências diante da condenação já sem possibilidade de recurso.  

Na sessão desta terça-feira, o presidente da Câmara leu um ofício da juíza, e aceitou o pedido para que o advogado de defesa de Marisa utilizasse a tribuna para argumentar sobre a possibilidade de cassação do mandato da parlamentar. Durante a sessão, o vereador Gilmar Garcia Tosta (PSB) solicitou que a procuradoria jurídica do Legislativo analisasse o ofício com base na defesa da vereadora. Por oito votos a favor, dois contrários, e duas abstenções, a Câmara decidiu encaminhar o processo para parecer da assessoria jurídica, o qual seria lido apenas na sessão da próxima semana.

Entretanto, após solicitação do vereador Adriano Cesar Rodrigues (PSC), o parecer da Câmara foi emitido ainda na sessão de hoje. Com o novo parecer em mãos, o presidente da Câmara, André Bittencourt (PSDB), decretou a perda automática do mandato da vereadora, sem necessidade de votação em plenário, conforme prevê a Lei Orgânica.

A defesa da vereadora disse que vai recorrer da decisão.

CASO

Marisa, que está no sexto mandato de vereadora, foi condenada em 2016 a um mês de prisão no regime aberto e teve a pena substituída por multa de R$ 3 mil. Marisa tinha 30 dias para pagar ou recorrer da condenação, o que não aconteceu. Em novembro de 2017, o Ministério Público pediu a execução da sentença, o que foi aceito pelo juiz Rodrigo Pedrine Marcos.

Diante disso, ainda no ano passado, a juíza encaminhou um ofício à Câmara, com referência à Lei Orgânica, pedindo que os vereadores tomassem providências. A defesa da vereadora apresentou um pedido de liminar no Juizado Especial de Campo Grande, e a relatora – a juíza Joseliza Alessandra Vanzela Turine -, deferiu e suspendeu os efeitos da condenação, até a decisão final.

A defesa de Marisa entrou com um agravo interno contra a decisão, mas no dia 9 de fevereiro deste ano, a juíza Eliane de Freitas Lima Vicente negou o recurso extraordinário.

 Agora, a juíza enviou para a Câmara um ofício solicitando providências. A decisão da perda de mandato não tem relação com a atual prisão da vereadora que, agora é acusada de fazer parte de uma organização criminosa voltada para o tráfico de drogas. A defesa nega as acusações.

Marisa estava afastada da função de vereadora desde julho do ano passado, quando assumiu o cargo de secretária de Esportes do Município, do qual está afastada por estar presa.