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CBN Entrevista

É preciso que os governos combatam a criminalidade para reduzir superlotação em presídios 

O Coordenador das Varas de Execução Penal de MS afirmou que para mudança neste cenário é necessário uma política de estado

Desembargador Luiz Gonzaga Mendes Marques no estúdio da rádio CBN-CG - Foto: LSSCom/CBN-CG
Desembargador Luiz Gonzaga Mendes Marques no estúdio da rádio CBN-CG - Foto: LSSCom/CBN-CG

Em entrevista à rádio CBN CG, nesta segunda-feira (04), o coordenador das Varas de Execução Penal de MS (COVEP) do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul (TJMS), o desembargador Luiz Gonzaga Mendes Marques falou sobre a infraestrutura carcerária no estado. Hoje são quase 20 mil presos, de acordo com a Secretária Nacional do Sistema Penitenciário. Para abrigar esta quantidade de pessoas há na estrutura 41 estabelecimentos penais em Mato Grosso do Sul.

Sobre a superlotação carcerária, o desembargador ressaltou que o grande número de presos no estado se deve a diversos fatores, mas especialmente pelo crescimento da criminalidade.

“Tráfico de drogas, roubo de veículos, entre outros crimes. Geograficamente nosso estado é um corredor de drogas e outros ilícitos. A prisão ocorrendo aqui, o preso fica no nosso estado, mesmo sendo solicitada a transferência para o local da sua residência, normalmente há recusa de recebimento com a justificativa de não ter vaga”.

Levando em consideração a questão das drogas, o coordenador da Covep falou ainda sobre a rede de execução penal para dependentes químicos. 

“A partir da política antimanicomial, hoje há uma análise primeiro da situação de saúde do preso. Hoje são cerca de 5 residências terapêuticas em Campo Grande que atendem em cooperação […] diante do atendimento adequado a reinserção à sociedade, com o tratamento é muito eficiente”.

Ele falou também sobre a realidade dos dois presídios semiabertos do estado, de Campo Grande e Três Lagoas, e da casa de albergado na capital. O espaço está fechado desde novembro do ano passado, quando houve um incêndio no prédio. Sem o atendimento no local, hoje mais de três mil presos seguem monitorados por tornozeleira eletrônica. Acompanhe a entrevista completa.