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Indignados

Servidores municipais realizam assembleia em frente à prefeitura

Profissionais da área da saúde, segurança pública e outros setores se reuniram e continuarão acampados até que os pedidos sejam atendidos pela gestão do município

Servidores municipais se reuniram em frente à Prefeitura de Campo Grande nesta manhã - Foto: Gerson Wassouf/CBN-CG
Servidores municipais se reuniram em frente à Prefeitura de Campo Grande nesta manhã - Foto: Gerson Wassouf/CBN-CG

Na manhã desta segunda-feira (11), servidores municipais se reuniram em frente à Prefeitura de Campo Grande e realizaram uma assembleia unificada. O encontro teve o objetivo de encaminhar as principais reivindicações dos profissionais para a gestão municipal.

Entre os principais pedidos dos servidores da área da saúde, com cerca de 1,5 mil efetivos, está a revisão do auxílio alimentação para R$ 850 e pagamento do adicional de insalubridade no percentual mínimo de 20%.

"Esses pedidos são antigos, desde 2022, e essas ações já estão judicializadas e mesmo assim a prefeitura não pagou. Prejudica muito porque desvaloriza o profissional, financeiramente você tem um impacto negativo", afirmou o técnico de enfermagem e presidente do Sindicato dos Trabalhadores Públicos em Enfermagem de Campo Grande (Sinte/PMCG), Ângelo Macedo.

Outro setor presente na assembleia foi o da segurança pública, a Guarda Civil Municipal pede por adicional de periculosidade desde janeiro de 2023 e, por isso, a categoria aderiu ao movimento.

"O Guarda Municipal acorda todos os dias para prestar um serviço de qualidade, mas ele precisa ter a segurança e a garantia na sua mesa, e hoje a soma desse direito não pago chega a 50% do seu salário base, uma coisa que é absurda, nossos direitos sendo cerceados a todo momento", contou o presidente do Sindicato dos Guardas Municipais de Campo Grande (SINDGM/CG), Hudson Bonfim.

Servidores da gestão estratégica organizacional, auditoria de controle interno e assistência social na capital também têm reivindicações pautadas no documento que será enviado para a prefeitura.

"Nós estamos há 12 anos com os nossos direitos atrasados. O que são esses direitos? Adicional de tempo de serviço, adicional de aperfeiçoamento profissional e abono de permanência. Tudo isso está previsto em lei e a justificativa é que não tem dinheiro", disse a presidente da Associação Municipal dos Servidores de Nível Superior (ASMNS), Paulina Barbosa Ferreira.

"Desde 2019 nós também estamos reivindicando a insalubridade para os assistentes sociais e também melhoria do salário. Nossos profissionais estão constantemente junto à população, atendimento direto, com pessoas com doenças infectocontagiosas e precisam dessa insalubridade, há necessidade", afirmou a presidente do Sindicato dos Assistentes Sociais do Estado de Mato Grosso do Sul (Sasems).

Após o término da assembleia, ficou decidido que o documento será enviado à gestão municipal e os demais sindicatos vão aderir ao acampamento dos profissionais da saúde em frente à prefeitura por tempo indeterminado. E, segundo o advogado que representa os sindicatos presentes na reunião, Marcio Almeida.

"Na questão da greve, nós entendemos que a população é a mais afetada, então por enquanto isso está descartado. Vamos encaminhar o documento e os servidores irão permanecer acampados até conseguirmos um retorno", explicou o advogado.