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Sucateamento da frota compromete atendimento do Samu

Prefeitura gasta R$ 3,6 milhões ao ano com "manutenção", mas apenas 8 das 18 ambulâncias estão em operação

O número insuficiente de veículos contribui para demora no atendimento à população. - Foto: Reprodução/ PMCG
O número insuficiente de veículos contribui para demora no atendimento à população. - Foto: Reprodução/ PMCG

Auditoria realizada pelo Ministério da Saúde demonstra que o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) está com sua capacidade severamente comprometida em Campo Grande em função do sucateamento de sua frota.

Das 18 ambulâncias do Samu, apenas 8 estão em operação. Em função disso, o tempo de resposta do serviço, que consiste no intervalo entre o pedido de socorro até a chegada da equipe ao local do evento, é cada vez maior.

Isso significa que quanto maior for a demora, mais chances haverá de a vítima ter alguma sequela, principalmente nos casos de agravos neurológicos, cardiovasculares e respiratórios, em que cada minuto conta para a vida ou a morte de quem será atendido.

O Ministério da Saúde preconiza que o tempo de resposta deve ser de 8 a 10 minutos após a chamada. Em Campo Grande, em função do sucateamento da frota do Samu, o atendimento varia entre 20 minutos e uma hora, o que descaracteriza o atendimento de urgência e emergência e o próprio serviço.

O relatório da auditoria do Ministério da Saúde embasou a audiência pública realizada na segunda-feira (11) na Câmara Municipal, convocada pelo vereador Professor André, da Comissão de Saúde da Casa.  Além de sucateadas por conta da falta de manutenção, as ambulâncias do Samu não têm seguro. Mesmo assim, a prefeitura gastou no ano passado R$ 3,6 milhões para manter o serviço em funcionamento.

A situação será denunciada aos órgãos de controle, como o Tribunal de Contas do Estado e da União, Ministério Público Federal e Estadual, e à própria Secretaria Municipal de Saúde (Sesau), para que esta instaure procedimento interno de investigação.

Confira na íntegra: