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Em meio a disputa judicial, Eldorado Brasil registra lucro bilionário

Empresa que fabrica celulose em Três Lagoas registrou lucro diário de R$ 6,3 milhões ao longo de 2023

Eldorado > produção trimestral alcançou 464 mil toneladas de celulose - Foto: arquivo/divulgação
Eldorado > produção trimestral alcançou 464 mil toneladas de celulose - Foto: arquivo/divulgação

A Eldorado Brasil, produtora de celulose com fábrica em Três Lagoas, encerrou 2023 com lucro líquido de R$ 2,3 bilhões. Somente no último trimestre do ano, o lucro líquido foi de R$ 444,2 milhões. Os dados constam em comunicado divulgado pela empresa nesta semana. O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) encerrou o quarto trimestre de 2023 em R$ 469 milhões, com margem de 35,7%, e foi de R$ 2,646 bilhões, com margem de 46%, no acumulado do ano. 

Mesmo diante de um ano marcado pela disputa judicial pelo controle de 100% da fábrica, entre a J&F e a Paper Excelente, a Eldorado registrou lucro diário de R$ 6,3 milhões. 

De acordo com o comunicado, de outubro a dezembro, o fluxo de caixa livre ajustado ficou em R$ 361 milhões, 117,5% superior ao terceiro trimestre. No ano, o fluxo de caixa livre atingiu R$ 1,735 bilhão. O custo-caixa de produção encerrou o trimestre em R$ 866 por tonelada, 1% inferior aos três meses anteriores, devido principalmente ao menor consumo de químicos e redução de custos de insumos em geral. 

O volume de vendas foi de 469 mil toneladas, no quarto trimestre, e de 1,864 milhão de toneladas, no ano, 6% superior à 2022. No âmbito operacional, a produção trimestral alcançou 464 mil toneladas, e somou em 2023, um volume de 1,784 milhão de toneladas, novo recorde de produção para anos com parada geral.

Os investimentos somaram 1,176 bilhão no ano frente a 1,095 bilhão no ano anterior. “Apesar de 2023 apresentar um cenário de maior volatilidade e incertezas no âmbito macroeconômico, a Eldorado Brasil manteve o foco e investimentos na manutenção da sua excelência operacional. Este ano também foi marcado pela inauguração de um dos maiores terminais de celulose da América Latina, no Porto de Santos, e pelo plantio de 30 mil hectares de eucaliptos, sustentando a base florestal que hoje supera 400 mil hectares. Neste período a dívida liquida reduziu 50% com a liquidação antecipada de dívidas e manutenção de uma posição de liquidez robusta”, diz Fernando Storchi, CFO da companhia.