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Cartão vermelho para Camila

O plano eleitoral da deputada federal do PT pode naufragar por causa do seu fraco desempenho nas pesquisas

Camila Jara foi eleita deputada federal em 2022; a intenção era concorrer à Prefeitura da Capital este ano. - Foto: Reprodução/ Site da parlamentar
Camila Jara foi eleita deputada federal em 2022; a intenção era concorrer à Prefeitura da Capital este ano. - Foto: Reprodução/ Site da parlamentar

A deputada federal Camila Jara e seus aliados no PT vão ter que baixar a bola, depois do presidente Luiz Inácio Lula da Silva recomendar a retirada da disputa eleitoral dos pré-candidatos mal avaliados nas pesquisas nos municípios acima de 100 mil habitantes.

Lula defende aliança do PT com partidos em melhores condições de vencer as eleições para prefeito com o compromisso de estarem juntos nas eleições presidenciais, em 2026. O veto de acordo é apenas com os bolsonaristas. 

O projeto de poder de Lula é construir ampla aliança com os partidos aliados, nem que tenha de sacrificar pré-candidatos do PT. O discurso de Lula reforça a narrativa do deputado federal Vander Loubet e do deputado estadual Zeca do PT de o partido abrir mão de cabeça de chapa, para se aliar ao que tenha candidato em condições de vencer as eleições em Campo Grande.

Eles acenaram para a ex-deputada federal Rose Modesto (União Brasil), superintendente da Sudeco. Mas ela não respondeu, pelo menos publicamente, a proposta de aliança com o PT. A exigência de Vander e Zeca é Rose fazer declaração de apoio à reeleição de Lula, em 2026.

Essa posição de Vander e Zeca abriu crise no PT. Mas logo se entenderam com os dois declarando apoio à Camila. Só que o discurso de Lula pode mudar o rumo do PT em Campo Grande. A alegação é que o projeto do partido está acima dos interesses pessoais. Não adianta Camila querer ser candidata a prefeita para satisfazer o seu ego em prejuízo a uma aliança com partidos, que poderiam reforçar apoio à reeleição de Lula.

Com tudo isso, a pré-candidatura de Camila pode ser reavaliada nos próximos 30 dias. Ela tem pouco tempo para melhorar o seu desempenho nas pesquisas eleitorais. 

A ideia é procurar Rose Modesto para abrir negociação de aliança em Campo Grande. 

E para retirar Camila do páreo sem traumas e sem crise, ministros e Lula serão acionados para convencê-la da importância de o PT apoiar candidatura com maior chance de vitória. Hoje, em Campo Grande, só tem Rose Modesto mais proximo do PT. Ela faz parte do governo Lula e seu partido é da base aliada no Congresso Nacional.

Confira na íntegra: