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Três Lagoas vai ganhar banco de leite humano ainda em 2024

Alta taxa de nascimentos por mês tem colocado as instalações do banco de leite como prioridade de entregas para este ano

Alta taxa de nascimentos por mês tem colocado as instalações do banco de leite como prioridade de entregas para este ano. - Foto: Divulgação
Alta taxa de nascimentos por mês tem colocado as instalações do banco de leite como prioridade de entregas para este ano. - Foto: Divulgação

O Hospital Auxiliadora, em Três Lagoas, deve inaugurar um banco de leite humano ainda neste ano de 2024 e deverá atender 10 municípios da região Leste de Mato Grosso do Sul, com o objetivo de gerenciar a distribuição do nutriente a recém-nascidos que não podem ser amamentados pelas mães. A demanda, como aponta a instituição, tem sido crescente, colocando as instalações desta sala como uma das prioridades do hospital. Em média, são realizados 150 partos por mês pela equipe obstetra da unidade de saúde.

O banco de leite também servirá como ponto de apoio no estado. Atualmente, apenas a capital Campo Grande conta com um banco de leite, que tem enfrentado baixo estoque e alertado as mães para que façam a doação. Segundo o Hospital Auxiliadora, este problema não tem afetado o município de Três Lagoas, pois a equipe da Unidade de Terapia Intensiva (UTI) Neonatal adota outros procedimentos que conseguem suprir a demanda. 

As mães que passam pelo parto pré-maturo, no qual o bebê precisa ser alimentado por sonda ou não consegue sugar o leite da mama, fazem a extração do líquido em uma sala com tecnologia própria. O produto é higienizado e manipulado antes do recém-nascido fazer a ingestão. 

Outro procedimento adotado é o de colostroterapia, que consiste na aspiração do colostro do seio da mãe, através de uma ampola e depois injetado na parte interna da bochecha da criança, durante os primeiros dias de vida. “O colostro é como se fosse uma vacina. Ele é rico em sais minerais, vitaminas e ajuda a aumentar a imunidade do bebê. Principalmente quando ele se encontra em um ambiente hospitalar, que é um ambiente infectado”, informou a gestora materno-infantil do hospital, Thieise Calderon.

Ela afirma que esse procedimento é essencial para a saúde do bebê. Em último caso, há outra alternativa para quando a mãe não produz leite materno, ou convive com patologias que impedem a amamentação, como o vírus do HIV/Aids, por exemplo. Quando uma dessas causas ocorre, o hospital oferece uma fórmula láctea, produzida pela própria instituição com o acompanhamento de profissionais nutricionistas.

O leite materno deve ser a principal fonte de alimento de bebês e só deve ser substituído em último caso, como orienta Thieise. “É essencial o aleitamento materno, e apenas ele nos primeiros seis meses de vida. Após isso, ele entra como complemento alimentar, que deve ser orientado por um profissional pediatra. É um alimento rico. Tem tudo que o bebê precisa e é indispensável para o desenvolvimento do corpo da criança.”