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Lideranças de MS não param de levar problemas a Bolsonaro sobre o rumo do PL em Campo Grande 

Adilson Trindade, colunista de política da Rádio CBN Campo Grande - Foto: Duda Schindler/CBN-CG
Adilson Trindade, colunista de política da Rádio CBN Campo Grande - Foto: Duda Schindler/CBN-CG

O Partido Liberal vive uma crise sem fim em Mato Grosso do Sul. E o ex-presidente Jair Bolsonaro tem de ficar ouvindo queixas e lamúrias dos seus correligionários, que não conseguem unir as forças para seguir o mesmo caminho na corrida eleitoral em Campo Grande.

mimimi na orelha do ex-presidente que chegou a perder a paciência com uma das lideranças do partido no Estado. Em vez de ajudar, só estaria atrapalhando com suas articulações desastrosas.

Para tentar aliviar a tensão, um grupo de políticos deverá desembarcar em Brasília para conversar com Bolsonaro. Esse grupo defende candidatura própria à Prefeitura de Campo Grande, mas rejeita a indicação do Tenente Portela. 

Essas lideranças consideram um desastre a escolha de Portela, por deficiência eleitoral. Elas avaliam outros nomes com maior potencial de votos. Uma pesquisa será levada para análise do ex-presidente.

Mas não são apenas os problemas domésticos que atormentam o ex-presidente. Ele não quer passar vexame nas eleições caso seu candidato não avance para o segundo turno em Campo Grande. Todos os nomes colocados à disposição não decolaram nas pesquisas e isso é preocupante.

Tanto é que a ex-ministra da Agricultura, senadora Tereza Cristina (PP), teria alertado Bolsonaro sobre o sério risco de um candidato do PL receber votação pífia na capital sul-mato-grossense. Isso poderia arranhar a imagem do ex-presidente que bateu o atual presidente Lula nos dois turnos em Campo Grande.

A saída seria o PL fechar aliança com PP para apoiar a reeleição da prefeita Adriane Lopes logo no primeiro turno. Bolsonaro está avaliando a ideia, porque ouve conversas de todos os lados, contrários e favoráveis a esse acordo.

Para sacramentar essa aliança, Tereza Cristina recorreu, também, ao presidente nacional do PP, senador Ciro Nogueira (PI), e  ao presidente nacional do PL, Valdemar da Costa Neto. Mas até agora ainda não há uma definição concreta.

O certo é que a palavra final sobre o rumo do PL em Campo Grande será de Bolsonaro. Enquanto isso não acontece, o deputado estadual João Henrique Catan continua com a sua pré-campanha pela prefeitura da Capital.