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Grupo destaca a importância das adoções necessárias

Maioria das crianças e adolescentes em abrigos não preenchem os requisitos exigidos por quem deseja adotar

Assistente social, Elizete Quintino, é um exemplo que vai na contramão da maioria das pessoas que estão na fila para adotar uma criança. - Foto: Reprodução/TVC
Assistente social, Elizete Quintino, é um exemplo que vai na contramão da maioria das pessoas que estão na fila para adotar uma criança. - Foto: Reprodução/TVC

No Brasil, há muito mais pessoas interessadas em adotar do que crianças disponíveis para adoção. Mesmo assim, muitas crianças e adolescentes permanecem em abrigos, pois não preenchem os requisitos exigidos por quem deseja adotar. Além da idade, outros fatores que limitam as chances de adoção de uma criança ou adolescente são cor da pele, problemas de saúde e a existência de irmãos.

Em Três Lagoas, o Grupo de Apoio à Adoção (Graata), tenta mudar essa realidade. Recentemente, representantes do grupo estiveram na Câmara Municipal para falar da importância da adoção, principalmente da tardia, que se refere ao acolhimento de crianças com três anos ou mais e de crianças e adolescentes com irmãos, com deficiência, com doença crônica ou com necessidades específicas de saúde. 

Todo processo de adoção em Três Lagoas precisa obedecer a critérios e passar pelo Poder Judiciário. Segundo o primeiro tesoureiro do Grupo Graata, Mauro Soares da Silva, o processo de adoção é rápido, mas depende muito dos requisitos exigidos por quem deseja adota. “Geralmente as pessoas querem recém-nascidos e bebês brancos e meninas, e esse é um perfil que não tem nos acolhimentos, que estão repletos de crianças maiores de três anos, grupos de irmãos, com crianças com doenças tratáveis e negras. Então, essa conta nunca fecha. E isso que faz que um pretendente fique muito mais tempo em uma fila de espera. Por isso que a gente trabalha no Graata com a nova cultura da adoção, que chamamos de adoções necessárias”, destacou.

A assistente social, Elizete Quintino, é um exemplo que vai na contramão da maioria das pessoas que estão na fila para adotar uma criança. Ela adotou três crianças negras, a Maria Vitória, a Maria Fernanda e a Maria Eduarda. Duas são irmãs e duas são autistas.

Em Três Lagoas, de acordo com Mauro, existem três casas de acolhimento. O número de crianças para adoção, no entanto, não é exato, porque muitas podem retornar para a família.

Acompanhe abaixo reportagem sobre o assunto: