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Aves da espécie Águia-cinzenta são avistadas nas florestas da Suzano

Ameaçada de extinção, aves têm sido registradas por meio das torres de monitoramento de combate a incêndios florestais

Ameaçada de extinção, aves têm sido registradas por meio das torres de monitoramento de combate a incêndios florestais - Foto: Divulgação/assessoria
Ameaçada de extinção, aves têm sido registradas por meio das torres de monitoramento de combate a incêndios florestais - Foto: Divulgação/assessoria

Torres de monitoramento de combate a incêndios da Suzano, maior produtora mundial de celulose e referência global na fabricação de bioprodutos desenvolvidos a partir de árvores plantadas de eucalipto, têm realizado registros constantes de aves da espécie águia-cinzenta (Urubitinga coronata) em florestas da empresa em Mato Grosso do Sul.

Os registros de exemplares dessa espécie tiveram início em novembro do ano passado e se repetiram todos os meses desde então. Em especial, são duas aves jovens, flagradas sempre pelas mesmas torres de monitoramento do Centro de Operações Integradas (COI) da Unidade de Três Lagoas, o que indica que as aves habitam aquela região – a Suzano não divulga o local onde foram feitos os avistamentos para proteger as espécies contra possíveis casos de caça predatória.

“O registro da presença dessa espécie rara em nossas florestas atesta as boas práticas de manejo sustentável aplicadas em nossas operações e o compromisso da Suzano com a conservação da biodiversidade. Estamos falando de aves de rapina, espécie de topo da cadeia alimentar, hoje consideradas ameaçadas de extinção e que chamam a atenção pela beleza, pelo porte e pela importância para o equilíbrio ambiental, assim como as centenas de espécies catalogadas em nossas áreas de conservação”, destaca Renato Cipriano Rocha, coordenador de Excelência Ambiental da Unidade de Três Lagoas.

Águia-cinzenta

Com uma plumagem predominante de cor cinza/chumbo, a águia-cinzenta, também conhecida como águia-chilena, é uma ave de rapina encontrada em diversos países da América do Sul, como Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai. Essas aves levam de 3 a 4 anos para alcançar a fase adulta, atingindo de 75 cm a 85 cm e podendo pesar até 3,5 quilos.

Devido ao grande porte, a águia-cinzenta precisa de presas grandes (gambás, lebres, ratos silvestres, outras aves etc.) e áreas significativas para estabelecer territórios de alimentação e reprodução. A espécie figura hoje nas listas de espécies ameaçadas de extinção da IUCN (União Internacional para a Conservação da Natureza) e do IBAMA (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais.

Programa de Monitoramento

O registro da águia-cinzenta faz parte do Programa de Monitoramento da Biodiversidade da companhia. Por meio do projeto de conscientização “De olho no bicho”, além de ações voltadas para a educação e conservação ambiental, colaboradores são incentivados a, ao avistarem a presença de um animal silvestre, registrarem a espécie e o local para que ela seja analisada e catalogada pelo time de Excelência Ambiental. Essa é uma forma de acompanhar a biodiversidade do território para além dos monitoramentos formais de fauna e flora realizados por consultorias especializadas, bem como engajar os colaboradores na temática da conservação.

De acordo com dados do último Resumo do Plano de Manejo da Suzano, são 1.483 espécies catalogadas em áreas da Suzano em Mato Grosso do Sul, sendo 669 espécies são de plantas e 784 de animais silvestres. Ao todo, são 400 aves, 136 de artrópodes, 96 espécies de mamíferos, 59 répteis e 53 peixes. Deste total, 32 figuram na lista de espécies ameaçadas de extinção pela IUCN e 34 ameaçadas pelo IBAMA (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais), sendo oito plantas, 20 mamíferos, quatro aves, um peixe e um artrópode.

A Suzano mantém uma base florestal de 599,996 mil hectares, dos quais 143,129 mil hectares são destinados exclusivamente à conservação ambiental.