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Grupo de teatro da UFMS apresenta espetáculo "Eles Não Usam Black-Tie"

História da peça relembra os 60 anos do início da ditadura militar no Brasil

A peça é um drama com elementos de comédia. - Foto: Divulgação/UFMS
A peça é um drama com elementos de comédia. - Foto: Divulgação/UFMS

Em Três Lagoas, o grupo teatral ‘Ato Histórico’, participante de um projeto de extensão da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), apresentará uma peça que relembra os 60 anos do início da ditadura militar no Brasil.

O espetáculo “Eles Não Usam Black-Tie” retrata a luta operária em busca de direitos. A história fala sobre um personagem preocupado com a vida, que está com a namorada grávida e busca ascensão individual na fábrica ou fora dela. Também aborda a figura de um pai sindicalista, com uma forte ideologia política, que luta pela greve do sindicato.

A peça é um drama com elementos de comédia e a classificação indicativa é de 12 anos. O espetáculo será apresentado gratuitamente no dia 8 de agosto, às 19h30, no anfiteatro da UFMS, localizado na avenida Ranulpho Marques Leal, número 3484, no Distrito Industrial II.

A coordenadora de produção artística da UFMS, Dolores Puga, explica a importância do teatro. “É uma peça muito forte que traz apelo sociopolítico brasileiro com uma discussão moral. A peça é de um grande ator brasileiro, o Gianfrancesco Guarnieri. Foi ele quem criou a peça em 1958 e ela foi a primeira que trouxe o proletário como protagonista do espetáculo”.

Essa peça é fruto de um projeto de extensão formado por estudantes da UFMS de Três Lagoas. “Ele começou no ano passado com o teatro grego e, este ano, se intitula ‘Cultura Brasileira nas Escolas: Conhecendo o Teatro Engajado Nacional’. Estou levando, junto com meus acadêmicos, minicursos para a Escola Estadual Padre João Tomes. Esses minicursos abordam o contexto histórico da peça, o teatro engajado, a questão das greves operárias na história do Brasil e a adaptação cinematográfica feita em 1981, que ampliou a discussão da obra e trouxe à tona questões sobre o golpe militar no Brasil. A peça que adaptei agora para o espetáculo trabalha essas duas nuances, tanto de 1958 quanto de 1981, para abordar o golpe militar, uma vez que estamos completando 60 anos do golpe em 2024”, explica.

Confira a reportagem abaixo: