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Garras prende suspeitos de integrarem quadrilha de agiotas em Bandeirantes

Durante operação, policiais encontraram cheques e notas promissórias no valor de meio milhão de reais

Policiais do Garras no centro da cidade de Bandeirantes - Divulgação/PCMS
Policiais do Garras no centro da cidade de Bandeirantes - Divulgação/PCMS

Nesta quarta-feira (31), a Delegacia Especializada de Repressão a Roubos a Banco, Assaltos e Sequestros (Garras) deflagrou uma operação no município de Bandeirantes, a 70 km de Campo Grande, para combater uma organização criminosa envolvida em agiotagem e extorsão. 

Foram cumpridos quatro mandados de prisão temporária e quatro de busca e apreensão no município de Bandeirantes. O delegado do Garras responsável pela ação, Roberto Guimarães, deu detalhes sobre o caso. "O grupo começou a ser investigado a partir de uma denúncia de que uma vítima havia sido sequestrada de sua residência e levada a um local para cobrança de uma dívida. Identificamos que se tratava de uma associação criminosa atuante há algum tempo na cidade, emprestando dinheiro a juros exorbitantes e intimidando as pessoas que não conseguiam pagar. Em um dos casos, três dos presos invadiram a casa de uma vítima em plena luz do dia para efetuar a cobrança", afirmou.

Os presos têm idades entre 23 e 49 anos, e todos já possuem antecedentes criminais. Com eles, a polícia apreendeu cheques pré-datados e notas promissórias que ultrapassam meio milhão de reais. O suspeito de comandar a organização, de 31 anos, possui três passagens por homicídio e uma por porte ilegal de arma de fogo.

Delegado do Garras, Roberto Guimarães, durante coletiva de imprensa

A polícia investiga se a atuação do grupo se restringia à cidade de Bandeirantes. De acordo com o delegado Guimarães, há relatos de atividades em Coxim e Jaraguari. "Tudo está sendo apurado, e estamos no início das investigações. Existe a possibilidade de relação com alguma organização criminosa maior, até para identificar a origem do dinheiro."

Durante a operação, foi encontrado um caderno com registros de 50 a 60 pessoas devendo ao grupo, com juros de 20% a 30%. Os suspeitos podem pegar até 12 anos de prisão pelos crimes de agiotagem, associação criminosa e extorsão.