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Enfermeira relata as consequências da baixa vacinação, após morte de bebê por catapora

Casos de coqueluche e paralisia infantil voltaram a ser registrados e preocupam os profissionais da saúde

Rosângela Laier, responsável pelo serviço de imunizações do Sabin em Campo Grande - Foto: Mateus Adriano/CBN-CG
Rosângela Laier, responsável pelo serviço de imunizações do Sabin em Campo Grande - Foto: Mateus Adriano/CBN-CG

A catapora é uma das doenças mais populares e contagiosas, também conhecida como varicela devido ao fato de ser  causada pelo vírus varicela-zóster. A maioria das pessoas, com idade acima dos 30 anos, ou já teve na infância ou conhece alguém que teve. 

No Brasil, a vacina contra a catapora foi incorporada ao Programa Nacional de Imunização (PNI) do Ministério da Saúde há 21 anos, desde 2013. Naquela época, milhares de pessoas eram internadas por ano pela varicela, levando mais de 100 pacientes à morte.

Atualmente, os casos de óbito por catapora são raros e, quando ocorrem, geralmente são em pacientes portadores de outras doenças ou que deixaram de tomar as doses da vacina contra a doença.

O caso mais recente, em Mato Grosso do Sul foi registrado no início deste mês, no Hospital Universitário da UFMS/Ebserh. Um bebê de 1 ano e 10 meses de idade, não havia recebido a vacina Tetraviral que protege contra o sarampo, a caxumba, a rubéola e a varicela. A primeira dose deveria ter sido administrada com 1 ano e 3 meses de vida.

A criança foi internada com febre e lesões vesiculares pruriginosas na pele, há vários dias. Conforme o hospital, "a criança faleceu devido a complicações provocadas pela varicela", informou em nota.

E os baixos índices de imunização registrados nos últimos anos têm gerado preocupação entre os profissionais da saúde, tanto no setor público quanto no privado. A enfermeira responsável pelos serviços de imunizações do Sabin Diagnóstico e Saúde em Campo Grande, Rosângela Laier, disse que, além da catapora, outras doenças já controladas no país voltaram a ser registradas.

"Hoje mesmo temos doenças que há anos não se falava e, agora, estão vindo à tona, principalmente por conta da falta dessa imunização. Além da varicela, Temos a questão da paralisia infantil também. Estamos tendo o retorno de casos coqueluche. E são todas vacinas que tomamos na infância", relata a enfermeira,

Rosângela também destaca que algumas vacinas estão disponíveis apenas na rede privada, como é o caso da dose contra o herpes zóster, doença transmitida pelo mesmo vírus da catapora. A vacina só pode ser aplicada em pacientes acima dos 50 anos de idade. Entenda os detalhes na entrevista abaixo:

SERVIÇO

A imunização contra a catapora é realizada em duas doses. A primeira é aplicada a partir do 15º mês de vida e faz parte da Campanha Nacional de Multivacinação.

Onde se vacinar: Postos de Saúde da rede pública de Saúde ou em unidades particulares.

Sabin Unidade de Vacinação Jardim dos Estados:  Av. Afonso Pena, nº 3.813, Campo Grande.

Horário: Segunda a sexta: das 6h às 17h e aos sábados: das 6h às 12h

Telefone: (67) 3313-1820