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Eleições 2020

Meu projeto político é ser governador

Delcídio do Amaral considera possível disputar as eleições do ano que vem e diz

Oex-senador Delcídio Amaral, que assumiu recentemente a Presidência do PTB de Mato Grosso do Sul, não tem medo do passado, fala do presente com tranquilidade e faz planos. Ele revelou, por exemplo, que pode disputar as eleições do ano que vem, avaliou as críticas que recebeu da senadora Soraya Thronicke (PSL), disse que mantém projeto de disputar novamente o governo do Estado, em 2022, e que está “se fortalecendo” para retornar ao cenário político. Delcídio foi entrevistado durante a série “Cenário RCN”, de quarta-feira, dia 2, na rádio CBN Campo Grande. 

Como está sua condição política? 
DELCÍDIO DO AMARAL Eu assumi a presidência do PTB no dia 21. Algumas pessoas estão excitadíssimas com minha volta na política. Elas estão aparecendo muito antes das eleições, preocupadíssimas. Aí começa as fake news. Depois de ter sofrido quase quatro anos minha absolvição foi dada pelo TRF1 em dez minutos. Não só absolveram, como também anularam as provas por flagrante forjado. Portanto mão limpa e coração puro. Hoje eu tenho todas as condições de disputar a eleição. Se vai ser agora ou depois vai ser uma decisão do partido. Agora estou focada em organizar o PTB em todo o Estado e fazer ele voltar a ter toda a força política e protagonismo no Mato Grosso do Sul. 

Você já me revelou que queria entrar na política porque tinha um sonho de ser governador do Estado. Continua com esse sonho para 2022?  
Sim, sem dúvida nenhuma. Já enfrentei todo mundo várias vezes, já perdi, já ganhei.  Me elegi como senador com 828 mil votos. Nesse tempo todo que fiquei fora, ninguém chegou a tudo isso de voto. Delcídio senador de todos.  Quero ser governador do meu estado por uma razão muito simples. Vou ser um governador diferente. Sou um camara que nasceu na barranca do rio Paraguai. Estudei fora, sou engenheiro de formação. Tenho uma carreira como executivo, dirigente, engenheiro muito maior do que de político. Não sou um político de carreira e nem de família de políticos. Eu fui diretor da Eletrobrás, da Petrobrás, presidente do Conselho da Vale do Rio Doce, Ministro do Estado de Minas e Energia, executivo da Shell, morei na Europa, conheço o mundo inteiro, sou um dos poucos brasileiros que pisou em cada estado desse país. Fui diretor da Eletronorte, da Eletrosul, andei em cada lugar. Claro que vou apresentar uma proposta diferente. Moderna, tecnológica, inovadora, que planeja. 

Esse recomeço passa por 2020? 
Sim, independente de uma candidatura a prefeitura. Vou construir uma base forte do PTB em todo o Estado. Uma coisa que o partido tinha tudo para fazer e lamentavelmente  não conseguiu fazer em todos esses anos.  

Essa semana seu nome veio a público através da senadora Soraya Thronicke (PSL), que chamou o senhor de defensor de corrupto e que foi acusado de tentar acabar com a Lava Jato. Ela usou seu nome porque o senhor foi homenageado pela Assembleia Legislativa. Como o senhor avalia isso?   

No mínimo estranho, porque é uma pessoa que eu se quer conheço. Aliás, como muitos sul-mato-grossenses não a conhecem. Ela se elegeu  nessa onda Bolsonaro e hoje o povo está começando a refletir. Não tenho nada a ver com as increncas do PSL.