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Impacto dos combustíveis na inflação da Capital é o maior do país

O peso de transportes corresponde a 21% da inflação local

O reajuste da alíquota do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) da gasolina de 25% para 30% fez com que o impacto do grupo combustíveis na inflação da Capital fosse o maior entre as cidades pesquisadas no Brasil. Em fevereiro, o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) teve alta de 0,42%, após um janeiro no qual o índice ficou em 0,13%.

Em 2020, a inflação avançou 0,55%. Na métrica dos últimos 12 meses, a variação chega a 4,48% na Capital. Mesmo com a alta elevada em transportes (0,95%), o grupo educação teve a maior alta, puxada pelo início do ano letivo, ficando com variação média de 5,25%. Na outra ponta da tabela estão vestuário (-0,64%) e habitação (-0,22%), que registraram as maiores quedas. Os dados são do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

O peso de transportes corresponde a 21% da inflação local. Sua alta foi influenciada pelo aumento no valor dos subitens motocicleta (5,28%), transporte escolar (2,1%), automóvel novo (1,93%) e gasolina (1,74%).  Só a gasolina influenciou 0,13% no índice.

A queda no grupo alimentação e bebidas (-0,17%) deu-se, principalmente, as frutas (-3,01%) e a carne (-2,58%). No grupo, tiveram alta tubérculos, raízes e legumes (4,47%), açúcar e derivados (2,92%) e aves e ovos (2,25%).

O subgrupo alimentação no domicílio registrou deflação de -0,24%. Auxiliaram na queda os subitens mamão (-9,31%) e feijão carioca (-8,88%). O subgrupo alimentação fora do domicílio apresentou aumento (0,02%), influenciado negativamente pelos subitens cerveja (-1,2%) e refeição (-0,19%) e positivamente por sorvete (2,58%) e lanche (0,58%).

Também merece destaque o grupo habitação, que voltou a ficar negativo, com -0,22%, tendo um impacto de -0,17% no índice. Os itens artigos de limpeza (1,49%) e aluguel e taxas (0,27%) não tiveram força suficiente para elevar os números, pois estes foram puxados para baixo pela energia elétrica residencial (-1,21%). A explicação é a mudança da bandeira tarifária. Em janeiro estava em vigor a bandeira amarela, sendo cobrado um acréscimo para cada 100 quilowatts-hora consumidos. Em fevereiro passou a vigorar a bandeira verde, não havendo cobrança adicional

Artigos de residência, grupo que teve aumento de 0,4%, foi influenciado essencialmente pelo aumento no item eletrodomésticos e equipamentos (1,14%). Vestuário, grupo com maior queda no mês de fevereiro, -0,64%. Os itens que mais influenciaram a queda foram roupa masculina (-1,94%) e roupa feminina (-0,73%). Saúde e cuidados pessoais tem, devido ao equilíbrio entre seus itens, modesta variação, de 0,03%. O grupo comunicação apresentou aumento, ficando em 0,25%. Tal número é fruto direto do resultado obtido pelo subitem aparelho telefônico, que aumentou 1,23%.

INPC

O INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor) do mês passado registrou variação de 0,35%, já em janeiro o índice ficou em 0,16%. No ano, o acumulado é de 0,50%, nos últimos 12 meses, a variação é de 4,30%. (Com IBGE)