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Baixa taxa de autorização dificulta doação de órgãos

Doar órgãos é um assunto que ganha cada vez mais destaque. Muita gente manifesta o desejo em doar, porém, mesmo com esse passo, é a família que autoriza ou não a captação. Em Três Lagoas, já foram realizadas cinco captações de órgãos no Hospital Auxiliadora. O número, porém, poderia ser maior, se familiares autorizassem o procedimento.

De acordo com Daniel Rodrigues, neurologista e coordenador da CIHDOTT (Comissão Intra-hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplantes), foram iniciadas 38 investigações de morte cerebral nos últimos anos. Destas, 18 foram concluídas e os pacientes foram considerados aptos para doarem órgãos. Porém, 13 famílias não permitiram a doação.

Conforme Rodrigues, os motivos são os mais diversos, desde questões religiosas a alguma falta de informação. “Independentemente das justificativas, cabe a nós, do corpo médico, respeitar a opção da família, pois, mesmo que a pessoa manifeste o desejo em ser doador de órgãos, é a família quem autoriza”, destacou.

Para fazer valer, de fato, o desejo de quem quer ser um doador, é importante manter um diálogo aberto com a família. “É claro que não é fácil falar com um filho de 20 anos sobre isso, por exemplo. Porém, é necessário”, completou Rodrigues.