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Empresários investem em delivery

Vendas para entrega direta ao consumidor é saída para frear queda de faturamento

Em meio à pandemia do coronavírus, empresários lutam pela sobrevivência. A notificação dos primeiros casos da Covid- 19 no Brasil deu início à adoção de um conjunto de medidas restritivas à circulação de pessoas na maioria das cidades. O objetivo é quebrar o ciclo de contaminação pelo coronavírus, com a adoção de quarentena, em que as pessoas ficam dentro de casa.

Espaços públicos, como cinemas, academias de ginástica, universidades, escolas e outros estabelecimentos públicos e privados estão fechando as portas e estimulando a política do home office (trabalho em casa, na tradução literal). O resultado é que diversos setores já começam a sentir o impacto da falta de clientes. A queda de público e de vendas está levando as empresas, em especial os pequenos negócios, a adotarem medidas emergenciais para reduzir custos e aumentar a receita, buscando equilibrar o caixa durante o período mais agudo da crise. 

O empresário e vice-presidente da Abrasel (Associação Brasileira de Bares e Restaurantes) de Três Lagoas,  Fábio Renan Oliveira, disse que medidas estão sendo adotadas por empresários do setor, como entregas em domicílio, chamadas de delivery. “Eu recomendo aos comerciantes desse ramo que invistam no delivery e  na divulgação de telefone de contato. O comerciante precisa atender o cliente na porta da casa dele ou onde trabalha para não sentir tanto os efeitos da crise”. 

Fábio Oliveira diz que ele mesmo faz entregas quando o motoboy da empresa tem muitas saídas. “Não vamos deixar de atender. E é importante que as pessoas sigam realmente as orientações dos especialistas, de não sair às ruas. A gente sente muito isso, infelizmente, isso afeta a economia, mas é preciso buscar alternativas”, destacou. 

Proprietário de um restaurante, o empresário Juliano de Oliveira Barros, disse que também já sente os reflexos da Covid-19. 
Em seu estabelecimento, o movimento caiu cerca de 60%. No entanto, ressaltou que, mesmo em “um momento complicado” é preciso enxergar oportunidades. “Fortalecemos o nosso atendimento delivery, via aplicativos, cadastramos mais motoboys para atender com mais rapidez aos clientes e, além disso, deixamos espaço entre as mesas do restaurante para que os clientes se sintam mais seguros. Não adianta ficarmos só reclamando, porque é fato. A partir daí, temos que ver o que fazer para melhorar”. 

Na empresa dele, o numero de motoboys passou de um para três, em menos de um mês. “A tendência é aumentar ainda mais essa quantidade [de motoboys] para levar alimento pronto até a casa do cliente”, frisou.