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Omertá

Bilhete revela complô para execução de autoridades

Conselheiro do TEC, Jerson Domingos, foi um dos alvos dos mandados

Um bilhete escrito em papel higiênico recolhido dentro do presídio federal de segurança máxima de Mossoró, no Rio Grande do Norte, motivou a segunda fase da operação Omertá, deflagrada pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) nesta semana, que investiga grupos de extermínio no Estado.

O preso responsável por anotar os nomes das autoridades policiais a serem executados em MS ficava entre as celas de Jamil Name, de 80 anos, e Jamil Name Filho, de 42. Ele anotava as conversas que ouvia e repassava a advogados, que repassavam aos executores as informações para a realização dos atentados. 

Uma das últimas ordens de execução, segundo a investigação, eram direcionadas a dois promotores do Gaeco e ao delegado chefe do Garras (Delegacia Especializada de Repressão a Roubo a Banco, Assalto e Sequestro) Fábio Peró e família. 

Operação

Foram cumpridos 18 mandatos de busca e apreensão contra suspeitos de participarem da milícia em Campo Grande, Sidrolândia, Aquidauana, Rio Verde, Rio Negro e João Pessoa (PB). 

Foram apreendidas cinco espingardas, cinco revólveres, mais e 150 munições de diversos calibres e uma moto. 

O conselheiro do TEC (Tribunal de Contas do Estado), Jerson Domingos, foi um dos alvos dos mandados. Com ele, o Gaeco encontrou uma arma antiga sem registro. Ele foi detido por posse ilegal de arma, porém foi liberado horas depois. Todos os materiais apreendidos foram remetidos ao juiz Marcelo Ivo de Oliveira, da 7ª Vara Criminal. A investigação prossegue.