Escolhi esta receita para homenagear meu avô, Antônio Barbosa de Souza que neste abril faz nove anos que nos deixou, e era um gourmand de mão cheia. Natural de Minas Gerais, Foi ele que me ensinou a apreciar frango com quiabo e sua baba, língua ao seu molho e arroz com guariroba, um dos preparos que ele mais gostava.
Totonho, como ele gostava de ser chamado, era pessoa simples, mineiro orgulhoso, sempre abria a refeição com uma cachaça artesanal. Saiu de Minas muito cedo, mas nunca perdeu o hábito da boa mesa. Esta é uma receita típica do centro-oeste e em Campo Grande é um dos poucos lugares em que se consegue comprá-lo diretamente das aldeias indígenas.
Nesta receita pode-se usar a guariroba fresca ou em conserva. Para suavizar o sabor amargo do palmito fresco, afervente-o por 30 minutos em água. Outra dica é reduzir a quantidade indicada na receita. Já para a guariroba em conserva, indico enxaguá-la por alguns minutos, para tirar o excesso de acidez.
Ingredientes
1 peça de palmito de guariroba fresco, de cerca de 400 g (caso não seja a época, use palmito em conserva)
4 colheres de sopa de manteiga sem sal
1 dente de alho picado
1 cebola picada
1/2 maço de salsinha picada
pimenta-do-reino a gosto
sal a gosto
2 xícaras de chá ou 400 g de arroz
1 colher de sopa de azeite de oliva
Modo de preparar
Numa panela alta com tampa, refogue o alho e a cebola no azeite. Acrescente a guariroba picada e refogue por alguns minutos. No final, junte a manteiga. Tempere com sal, pimenta, salsinha e reserve, acrescente o arroz, fritando-o na mistura. Cubra com água até dois dedos acima do arroz e cozinhe em fogo baixo, em panela semitampada. Ficará delicioso se você servir com carne de porco assada.
Apure os sentidos e bom apetite.