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Efeito Corona

Prefeitura quer usar centros cirúrgicos como leitos de UTI

Mesmo com colapso nos hospitais Marquinhos Trad decide flexibilizar decretos

Apesar do colapso da saúde em Campo Grande, com lotação dos leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI), o prefeito Marquinhos Trad (PSD) decidiu flexibilizar os decretos municipais a partir deste sábado (1º) alegando que o mini lockdown dos dois últimos finais de semana não refletiram na queda dos números de coronavírus e óbitos pela doença. 
A capital que hoje é considerada um dos epicentros da pandemia em Mato Grosso do Sul ganhou uma hora a menos no toque de recolher. Até o dia 16 de agosto a população poderá ficar na rua das 21h às 5h, todos os dias da semana. O comércio também teve horário ampliado, podendo abrir de segunda a sexta-feira entre às 9h e 19h e aos sábados e domingos das 9h às 16h. 
A abertura e fechamento dos shoppings deverão ocorrer das 11h às 20 h, de segunda a domingo. Já academias e salões de beleza podem funcionar entre 5 h e 20h30, de segunda a sexta-feira. No sábado as academia podem abrir das 5h às 16h e os salões de beleza das 9h às 18h, mas no domingo os dois estabelecimentos estão proibidos de funcionar. 
A Prefeitura ampliou a capacidade de lotação total dos estabelecimentos para 50% e implantará blitzes nas sete regiões da cidade para tentar coibir a circulação de motoristas inabilitados ou alcoolizados. O objetivo é diminuir os acidentes de trânsito que acabam refletindo na ocupação dos leitos de alta complexidade. 
Segundo o presidente da Comissão de Enfrentamento a Pandemia na Câmara Municipal de Campo Grande, vereador Lívio Leite (PSDB), no início da pandemia houve a recomendação da ampliação de leitos e compras de respiradores. “Naquele momento não tinha um paciente de Covid-19 internado na UTI e não tinha como justificar a compra de equipamentos com valores acima do mercado e que chegariam em 90 dias. Não sabíamos como a pandemia iria avançar”, revela. 
Com praticamente todos os hospitais em colapso o “Plano B” da Prefeitura deve ser a adaptação de salas cirúrgicas em leitos de terapia intensiva. “Esses locais tem ventiladores e capacidade de isolamento. É uma quantidade grande de salas cirúrgicas na cidade, com equipe capacitada.”