O Brasil deve produzir um volume recorde de grãos nesta temporada 2020/2021, com 268,9 milhões de toneladas de alimentos, de acordo com o 2º Levantamento da safra de grãos 2020/21, divulgado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).
Os dados mostram que o país deve produzir 4,6% a mais que na temporada anterior, o que representa um aumento de 11,9 milhões de toneladas. A estimativa também cresceu 269 mil toneladas com relação a apresentada no mês passado.
Isso porque, segundo a Conab, esta última pesquisa considera a recuperação da produtividade das culturas da soja e do milho primeira safra. As duas foram muito prejudicadas pela estiagem que atingiu as lavouras no ano passado, principalmente no Rio Grande do Sul.
“Apesar do atraso das chuvas neste ano, os produtores aceleraram o ritmo e, até a última sexta-feira, o plantio alcançava 55% da área estimada, contra 56% no mesmo período da safra passada. O milho primeira safra estava em 54%, contra 42% há um ano. O plantio do arroz também estava adiantado, com 67% até o dia 6, bem superior aos 53% da safra anterior”, afirma a nota divulgada pela Conab.
A produção da oleaginosa deve alcançar 135 milhões de toneladas em 2020, mantendo o Brasil como maior produtor mundial. A área destinada à soja deve ser de 38,2 milhões de hectares. A safra total de milho também deve ser a maior da história, com produção estimada em 104,9 milhões de toneladas em 18,4 milhões de hectares.
O país deve produzir 3,1 milhões de toneladas de feijão, somando as três safras do grão, em uma área de 2,9 milhões de hectares. O algodão em pluma deve chegar a 2,7 milhões de toneladas e a produção total de arroz deve ficar em 11 milhões de toneladas.
Além do aumento do volume de grãos, a área plantada também deve ter um crescimento de 1,8% com relação à safra passada, registrando mais um recorde. A previsão é de que sejam cultivados 67,1 milhões de hectares neste ano.
Em Mato Grosso do Sul – No Estado, a estiagem atrasou o início do plantio da soja safra 2020/2021, mas os produtores aproveitaram as precipitações das últimas semanas para encaminhar a semeadura, que evoluiu cerca de 31,3% em sete dias, segundo informações do acompanhamento de safra, divulgado pelo Sistema Famasul.
A expectativa é de que, nesta temporada, Mato Grosso do Sul tenha um aumento de 2,35% de volume, ultrapassando a quantidade recorde de oleaginosa colhida na safra 2019/2020, de 11,325 milhões de toneladas para 11,591 milhões de toneladas.
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