Apoiadores da causa animal de Campo Grande realizaram na última segunda-feira (11) um ato de protesto em frente a Prefeitura Municipal da Capital. A ação se deu por conta de uma possível troca de nomes no comando da Subsecretária do Bem Estar Animal (SUBEA).
Cartaz escrito por apoiadores da causa animalO protesto que iniciou por volta das 11h, de forma pacífica, contou com cerca de 10 pessoas, cruzes fincadas na grama e cartazes com diversas frases, entre elas uma com as seguintes palavras; “Prefeito honre seu compromisso com a causa animal”.
Isto porque, segundo os apoiadores presentes no local, uma das promessas de campanha de Marquinhos Trad, caso fosse reeleito, era a de continuar com a médica Ana Cristina Castro a frente da SUBEA. Situação que segundo Amanda Bileski, fundadora da ONG Mapan CG, está ameaçada com a possível troca de Ana Cristina pelo ex-vereador veterinário Francisco.
“Tivemos a notícia de que o prefeito estava cogitando a possibilidade de substituir a Ana Cristina pelo ex-vereador Chico, que se diz da causa animal, mas que trabalhou no CCZ por muitos anos […] e ele teve muito tempo durante da vereança dele para provar que ele é da causa, e ele não fez. Nós não queremos que seja substituída (a atual secretária Ana Cristina), ainda mais por uma pessoa que de fato não é da causa animal.”, relatou Amanda.
Otanael da Silva, presidente do COMBEADe acordo com o presidente do Conselho Municipal do Bem-Estar Animal (COMBEA), Otanael da Silva, o nome do ex-vereador não é bem visto no meio da causa animal. “É desagradável isso aí, nós queremos que a Ana Cristina continue no SUBEA, que todos nós estamos trabalhando juntos, fazendo um om trabalho, e nós não queremos que isso seja mexido, para não causa ainda mais descontentamento dentro da causa animal”.
Em nota, a prefeitura municipal de Campo Grande afirmou que “Informamos que a Subsecretaria do Bem-Estar Animal da Prefeitura Municipal de Campo Grande segue sob o comando da Ana Cristina Camargo de Castro, conforme publicação no Diário Oficial de 4 de janeiro de 2021.”
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Além do protesto contra a possível troca de nomes, negada pela prefeitura, segundo Otanael a movimentação em frente a prefeitura também visou chamar atenção para o número excessivo de eutanásias feitas no CCZ (Centro de Controle de Zoonoses). Ponto também defendido pela fundadora da ONG Mapan CG.
Amanda Bileski, fundadora da ONG Mapan CG“Nós queremos que o CCZ não faça mais parte da causa animal. Nós queremos uma divisão desse órgão. O CZZ deve tratar do controle de zoonoses e não de animais. Os cães e os gatos não são transmissores de zoonoses, eles são domesticáveis, são tratáveis, e a gente tem que trata-los com dignidade e respeito. Se tiver doente, fazer o tratamento. Se for o caso de uma eutanásia, fazer então uma eutanásia humanitária, sem dor”, relatou a fundadora da ONG Mapan CG.
Amanda afirmou ainda que o CCZ realiza eutanásia de forma indiscriminada e sem transparência. “Nós não sabemos quantas são de fato, como é feito, nós não temos acesso (as informações) e elas são feitas sem realmente ser necessário fazer. Tanto que a gente já pediu para que essas eutanásias sejam acompanhadas por alguém da causa animal, para ter certeza de que esses animais realmente devam ser eutanasiados, só que isso foi negado para nós até hoje”.
A CBN Campo Grande tentou entrevista com o ex-vereador veterinário Francisco, porém, não conseguiu posicionamento sobre os fatos até o fechamento desta reportagem.
Ouça a reportagem completa:
