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Pandemia

Nova variante do Coronavírus é menos letal, porém contamina mais rápido

Alto potencial de transmissão da nova cepa do Coronavírus coloca saúde em alerta: ‘não é hora de baixar a guarda’, orienta médico

As velhas conhecidas medidas de prevenção continuam sendo essenciais neste momento - Divulgação
As velhas conhecidas medidas de prevenção continuam sendo essenciais neste momento - Divulgação

A pandemia da Covid-19 parecia estar próxima do fim com o início da vacinação. Mas só parecia. A Organização Mundial da Saúde estima que ainda vai levar mais um ano, no mínimo, para terminar a pandemia. Para piorar o cenário, uma nova variante do Coronavírus – que começou a circular no Reino Unido – já se espalha pelo mundo e faz vítimas no Brasil. A nova cepa tem alto potencial de transmissão, porém tem se mostrado menos letal. Os primeiros casos ocorreram em Manaus (AM). Em Mato Grosso do Sul, um caso suspeito foi registrado há duas semanas. A amostra coletada do possível caso infectado pela nova variante foi enviada ao Instituto Adolfo Lutz (IAL/SP), em São Paulo. Os dados biológicos serão sequenciados para verificar se é a nova variante.  

De acordo com o médico da Família e Comunidade  da equipe de Vigilância Epidemiológica da Secretaria Municipal de Saúde, Vinícius de Jesus Rodrigues Neves, essas novas variantes são chamadas de ‘variantes preocupantes’, já que pouco ainda se sabe sobre elas. Mais de 20 tipos diferentes já foram identificadas e a mais estudada até o momento, inicialmente identificada no Norte do Brasil, África do Sul e Reino Unido, é a responsável pelo grande aumento do número de casos e óbitos nessas localidades. 

Segundo ele, a preocupação é que, de acordo com a previsão, essa nova cepa seja a predominante em todo o país em cerca de um mês. “Isso ocorre porque, apesar de não ser mais letal, é uma variante mais infectante. Estima-se que, enquanto 100 pessoas contaminadas pela variante anterior infectavam cerca de outras 110, 100 pessoas infectadas pela nova variante infectam em média 160”, explica Neves.

O médico foi além ao explicar que “havendo mais infectados, levará a mais internações e mais óbitos por Covid-19, além de a uma maior pressão sobre o sistema de saúde, que precisa se organizar pra esse aumento de demanda, podendo por vezes ser levado a perder sua capacidade de atendimento de outras demandas que não sejam Covid-19”.

Diante dessa nova perspectiva, os cuidados com uso de máscaras e distanciamento social precisam ser ainda mais rígidos. “Não é hora de baixar a guarda. Todas prevenções são essenciais”, alerta.

VACINA

O médico avalia que, em um primeiro momento, nenhuma delas vem para trazer imunização completa aos vírus circulantes.