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Efeitos Da Pandemia

Falta de medicamentos pode afetar pacientes com covid-19 no Estado

Realidade de outras cidades brasileiras é considerada crítica, conforme médica infectologista

Anvisa deve anunciar novas medidas emergenciais para a aquisição de insumos - Foto: Reprodução Agência Brasília
Anvisa deve anunciar novas medidas emergenciais para a aquisição de insumos - Foto: Reprodução Agência Brasília

Com a situação pandêmica beirando o colapso, as unidades hospitalares de Mato Grosso do Sul podem acabar sem medicamentos específicos que auxiliam no tratamento de pacientes com covid-19. De acordo com a médica infectologista Priscila Alexandrino, a possibilidade de faltar medicamentos é real, inclusive em outras cidades brasileiras, o cenário é crítico.

“Em Ribeirão Preto por exemplo, algumas medidas mais restritivas já foram adotadas pelas autoridades para reduzir a contaminação por covid-19. Pode faltar insumos futuramente, além da situação dos leitos, onde os profissionais de saúde estão exaustos. Estamos com alguns medicamentos em falta, como sedativos e relaxantes musculares”, afirmou.

A coordenadora de assistência farmacêutica básica e estratégica da Secretaria de Estado de Saúde, Nathália Dantas, informou que o estado vem trabalhando para que os insumos sejam adquiridos pelo Ministério da Saúde. Cerca de 22 medicamentos dos principais do kit intubação para pacientes com covid-19 foram selecionados pela Secretaria Estadual de Saúde (SES).

“Com o plano de contingência para coibir a covid-19, os profissionais farmacêuticos estão trabalhando no monitoramento dos sedativos e outros insumos. Há um desabastecimento em algumas instituições hospitalares de Mato Grosso do Sul, e vamos aguardar os próximos dias para definir medidas emergenciais no estado”, pontuou.

Nota da Anvisa

Conforme a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), devido ao aumento de internações de pacientes com covid-19 no sistema de saúde, várias frentes para reduzir o risco de desabastecimento de medicamentos, inclusive aqueles utilizados nos pacientes com baixa saturação de oxigênio, serão adotas o quanto antes.

No documento, a agência informou que desde o início de 2020, tem adquirido subsídios legais e realizado procedimentos estabelecidos para favorecer o acesso e disponibilidade desses produtos com eficácia, segurança e qualidade.