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Entrevista

‘Esperamos não chegar ao lockdown’, diz secretário

Em entrevista à rádio CBN Campo Grande, o secretário de Infraestrutura, Eduardo Riedel falou sobre pandemia, política e educação

Riedel afirma que governo busca o equilibrio entre saúde e economia - Isabelly Melo/CBN
Riedel afirma que governo busca o equilibrio entre saúde e economia - Isabelly Melo/CBN

Em entrevista à jornalista Ingrid Rocha, durante o jornal CBN Campo Grande, que integra o Grupo RCN de Comunicação, o secretário de Infraestrutura do Estado, Eduardo Riedel, falou sobre política, economia e educação. Riedel fez uma análise do atual momento de pandemia e disse que o governo de Mato Grosso do Sul estuda a implantação de auxílio emergencial, independente de ser decretado ou não fechamento total das atividades. “Esperamos não chegar a um lockdown. (…) Nós não achamos que esse seja o caminho no momento.  

Como o senhor avalia a situação da vacinação aqui em MS?
Riedel –
É uma situação que não é fácil, não é o desejado, nem por nós, nem pela população no que diz respeito ao volume de vacinas disponíveis para o Brasil. Entendemos que a vacina é o caminho mais seguro e efetivo para que consigamos virar a página dessa pandemia. Gostaríamos que tivéssemos acesso a um volume maior [de imunizantes]. Dentro do que está disponível, Mato Grosso do Sul é exemplo para o Brasil inteiro em termos de distribuição, aplicação e cobertura. A organização da nossa campanha é um exemplo, mas, o volume é pequeno.

Quais as outras medidas efetivas que o governo tem feito para poder diminuir os estragos da pandemia? 
Riedel –
Desde o início temos buscado instrumentos para poder equilibrar as ações de saúde e da economia, entendendo que a pandemia é um conjunto, e, não é só um vírus que ataca a saúde de uma pessoa. A consequência dela é muito mais ampla. É social, econômica, de saúde pública e sanitária. E, dentro dessa perspectiva, criamos um programa amplo para que pudéssemos ter elementos concretos de discussão, principalmente, com os prefeitos. Ao criar o Prosseguir e, ao receber das prefeituras os indicadores que compõem a análise da pandemia, temos um instrumento completo para tomar a decisão de restrição. 

O governo estadual estuda algum programa de auxílio emergencial em caso de possível ‘lockdown’?
Riedel –
Estuda, independente do lockdown. Esperamos não chegar a um lockdown no sentido mais clássico da palavra, porque o lockdown é um fechamento de tudo. É a paralisação das atividades da sociedade. Nós não achamos que esse seja o caminho no momento.

Como avalia a questão do ensino remoto? Defende que devemos continuar com aulas online nos próximos meses?
Riedel –
Nós vamos ter que aguardar a evolução dos acontecimentos nos próximos dias e semanas para uma tomada de decisão. O que aprendemos no ano passado foi a nossa capacidade de implementar tecnologias para que atingíssemos os alunos. Mais de 90% tiveram acesso ao conteúdo da Rede Estadual de Ensino. Isso foi muito positivo. Claro que há um prejuízo social, de convivência, psicológico e em vários sentidos. Tão logo a gente possa, vamos retornar ao presencial.

O senhor tem interesse em ser governador de MS?
Riedel –
Estou muito tranquilo em relação a isso. Me sinto preparado. Acho que seis anos dentro de uma estrutura pública, dentro do cargo que ocupei e, agora, no cargo que ocupo, me deixa tranquilo para administração do Estado. Mas, eleição é um processo democrático, amplo, que vai ser debatido e não é o meu foco nesse momento, porque temos muito por fazer.