Um estudo realizado por pesquisadores da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul concluiu que a variante P1 já é predominante em MS. Foram analisadas 38 amostras entre os dias 6 e 9 de abril e 82% delas tinham esta variante. Os dados foram divulgados em reunião na quinta-feira (15), na Secretaria Estadual de Saúde. Participaram do encontro os pesquisadores Júlio Croda, Ana Rita Coimbra e James Venturini. Segundo eles, a P1 tem maior transmissibilidade, atinge a população mais jovem, apresenta uma evolução mais rápida e maior gravidade da doença, além de diminuir a efetividade das vacinas.
A variante surgiu inicialmente em Manaus, onde causou um colapso na saúde. Segundo Croda, ela é responsável pelo elevado número de casos e internações em leitos de UTI no Brasil.
A P1, de acordo com os pesquisadores, foi identificada em fevereiro deste ano. Com um mês de circulação, no entanto, é a mais presente nas análises do vírus. A descoberta foi feita através de um trabalho que realizou o sequenciamento genético do coronavírus, a partir de amostras clínicas.
Em março, Mato Grosso do Sul registrou 1.070 mortes por covid-19 e em 14 dias em abril foram 575, segundo dados do secretário estadual de Saúde, Geraldo Resende.
