A Justiça de Mato Grosso do Sul manteve a prisão preventiva do empresário Fahd Jamil. Réu da terceira fase da Operação Omertà, ele estava foragido desde o ano passado e se entregou a polícia na última segunda-feira (19).
A decisão de manter a prisão foi tomada pelo juiz Roberto Ferreira Filho, da 1ª Vara Criminal, durante audiência de custódia feita por videoconferência, feita na última terça-feira (20).
Fahd se encontra preso numa cela do Garras (Delegacia Especializada de Repressão a Roubo a Banco, Assaltos e Sequestros), onde deve ser mantido, por questões de segurança.
Entrega às autoridades
Considerado o “rei da fronteira”, Fahd Jamil se entregou à polícia na manhã da última segunda-feira, em Campo Grande. Ele tinha um mandado de prisão em aberto e era réu por crimes como organização criminosa, tráfico de arma de fogo, obstrução de justiça e corrupção.
Em nota, a Polícia Civil do Estado afirmou que os advogados do então foragido entraram em contato e informaram que ele se entregaria às autoridas no aeroporto Santa Maria. No período e local marcados então, ocorreu a prisão preventiva.
Segundo a defesa de Fahd, a entrega ocorreu porque ele está com a saúde debilitada e a intenção é, em segundo momento, tentar prisão domiciliar. Ele tem residência em Ponta Porã, que é uma réplica da casa de Elvis Presley.
Antes de se entregar, Fahd teria divulgado uma carta dizendo ser inocente em relação às acusações feitas a ele e que se sempre colaborou com a segurança na região de fronteira.
Fhad foi, por cinco décadas, um dos homens mais temidos da região da linha internacional entre o Paraguai e Mato Grosso do Sul, acusado de comandar o tráfico de drogas e armas, a exploração de jogos de azar e integrar organização criminosa, que tinha parceria com o grupo comandado pelos também empresários Jamil Name e Jamil Name Filho, em Campo Grande.