O Consórcio Guaicurus, responsável pelo transporte coletivo urbano de Campo Grande, pode colocar à venda parte dos 360 ônibus que compõem a frota atual. Conforme o diretor-presidente, João Rezende, 180 veículos estão parados no pátio há mais de um ano devido à redução no fluxo de passageiros durante a pandemia. Em entrevista à Rádio CBN Campo Grande, o gestor confirmou a venda de 120 veículos fabricados em 2009. “Cada veículo desse pode ser vendido por até R$ 70 mil, que serão aplicados para reestruturarmos o Consórcio. Estamos numa situação de total desiquilíbrio financeiro devido à pandemia, por isso vamos vender. Mas isso não vai afetar o usuário”, explicou.
O diretor afirma que 70% da frota opera atualmente atendendo 53% dos usuários. Entretanto, caso as aulas presenciais da rede pública retornem, há uma frota reserva de 60 veículos. “No contrato de prestação de serviços é obrigatório que o consórcio tenha uma reserva de 10% para situações emergenciais. Esses ônibus que vamos vender estão parados há mais de um ano e meio porque a quantidade de pessoas diminuiu na pandemia. Se voltar com as aulas presenciais da rede pública, nós temos o que sobrou. Se precisar a gente compra mais”, resumiu.
Conforme o Consórcio Guaicurus, antes da pandemia de covid-19 haviam 544 veículos, sendo que 490 estavam em circulação. Sobre a venda dos ônibus reserva o João Rezende alegou que ainda não há uma data definida para a venda dos veículos e que todo o processo de concessão depende agora de uma reunião entre a Agência de Regulação de Serviços (Agereg) e o Consórcio Guaicurus.
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O Tribunal de Contas do Estado de Mato Grosso do Sul (TCE-MS), assim como o Ministério Público Estadual (MPE), estão acompanhando as discussões referentes à venda de parte da frota.
