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Mês Do Orgulho Lgbt

Negros e travestis são os que mais morrem por homotransfobia

Coordenador da Casa Satine fala sobre importância de lutar contra preconceito no país que mais mata pessoas LGBts

Ato produzido pelo Grupo Teatral Leela, que faz parte de uma série de eventos que antecedem a Parada LGBT em Belo Horizonte - Foto: Reprodução Jornalistas Livres
Ato produzido pelo Grupo Teatral Leela, que faz parte de uma série de eventos que antecedem a Parada LGBT em Belo Horizonte - Foto: Reprodução Jornalistas Livres

Um levantamento realizado pelo Observatório de Mortes Violentas mostra que 237 pessoas LGBTQIA+ (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Transexuais, Queer, Intersexuais e Assexuais), tiveram morte violenta no Brasil em 2020. Segundo Leornardo Bastos, coordenador da Casa Satine, o mês de junho representa a importância de estar engajado contra o preconceito, já que o Brasil é um dos países que mais mata o público LGBT. 

“Dessas pessoas brutalmente assassinadas, a maioria é negra e travesti. Isso demonstra outros recortes como o machismo e racismo atuando juntos. Não ganhamos nada com a violência e independente de ter acesso à informação, convivemos em sociedade e se respeitar é a palavra-chave, não só em junho mas durante toda a vida”, reforçou o representante da Satine, espaço que visa acolher institucionalmente LGBT+ através da arte, educação e cultura. 

Os dados do obersevatório apontam que no ano passado, 224 pessoas foram assassinadas (94,5%) e 13 cometeram suicídio (5,5%), vítimas de homotransfobia. Leonardo explicou que o movimento que conhecemos popularmente como “Parada LGBT” é resultado de um movimento iniciado há 50 anos, em 28 de junho, chamado de revolta de Stonewall, dia que foi marcado por uma série de manifestações de membros da comunidade LGBT contra uma invasão da polícia de Nova York no bar Stonewall, daí o nome. Confira a entrevista completa: