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Reajuste

Crise hídrica agrava e Aneel reajusta a conta de energia

O valor subirá de R$ 6,24 para R$ 9,49 a cada 100 kWh consumidos

O valor subirá de R$ 6,24 para R$ 9,49 a cada 100 kWh consumidos - Reprodução/TVC
O valor subirá de R$ 6,24 para R$ 9,49 a cada 100 kWh consumidos - Reprodução/TVC

A escassez de chuvas principalmente na região Centro-Oeste e Sudeste agravou ainda mais o sistema hídrico nas principais bacias do Sistema Interligado Nacional (SIN), uma dessas é a bacia do Rio Paraná.  Com isso a Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica), colocou em vigor a cobrança da energia elétrica em bandeira vermelha no patamar 2 a partir de julho.

O valor cobrado subirá de R$ 6,24 para R$ 9,49 a cada 100kwh consumidos. O reajuste representa uma alta de 52% na cobrança adicional. A cobrança na bandeira vermelha 2 começa em julho e deve durar até novembro de 2021. Nesta semana o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, explicou que a decisão para alta se deve a crise hídrica enfrentada no Brasil, a pior em 91 anos. Em pronunciamento nacional, o ministro pediu para população o consumo consciente de água. “O uso consciente e responsável de água e energia reduzirá consideravelmente a pressão sobre o sistema elétrico, diminuindo também o custo da energia gerada”, declarou. Segundo o ministro, os reservatórios estão “consideravelmente baixos” e as perspectivas para os próximos meses não são favoráveis. 

Se considerar apenas a nossa região como exemplo da escassez de chuvas podemos ter uma noção do problema que vive o país ao depender exclusivamente da geração de energia pela hidrografia. Em Três Lagoas, não chove há quatro meses, a última chuva considerável foi em março deste ano, quando choveu apenas 35mm. Essa escassez de chuvas vem castigando boa parte do Centro-Oeste e do Sudeste onde estão as principais bacias hidrográficas.

Em junho, os níveis das principais bacias hidrográficas do Sistema Interligado Nacional (SIN) estiveram entre as mais críticas do histórico. E julho iniciou com a mesma perspectiva desfavorável, com os principais reservatórios do SIN em níveis consideravelmente baixos para essa época do ano, o que sinaliza perspectiva com reduzida capacidade de produção hidrelétrica e elevada necessidade de acionamento de recursos termelétricos. No final do mês passado o governo federal criou uma câmara interministerial para discutir a crise hídrica e energética no país.