Veículos de Comunicação

Vacinação

MS aguarda aprovação do Ministério da Saúde para aplicação da 3ª dose

“Reforço” seria para idosos acima de 60 anos e tem como base estudo da SES

MS aguarda aprovação do Ministério da Saúde para aplicação da 3ª dose - Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil
MS aguarda aprovação do Ministério da Saúde para aplicação da 3ª dose - Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

A Secretaria Estadual de Saúde desenvolveu um estudo sobre a necessidade da aplicação da terceira dose de vacina contra a covid-19 em idosos. A SES percebeu uma queda de mortes de idosos em abril, mas de maio a julho, o número voltou a subir. Segundo o secretário estadual de Saúde, Geraldo Resende, a letalidade é maior em idosos mais velhos. “Nós estamos vendo que declinou o número de óbitos em Mato Grosso do Sul, mas a proporcionalidade é muito maior em idosos, principalmente idosos nas faixas etárias mais altas, ou seja, acima de 80 anos”, explicou secretário. O estudo foi enviado ao Ministério da Saúde e Resende espera conversar com a secretária extraordinária de enfrentamento a covid-19, Rosana Leite de Melo, ex-diretora do Hospital Regional de Mato Grosso do Sul.

Em audiência pública na Comissão Temporária da Covid-19 na segunda-feira (16), Rosana Leite de Melo falou sobre a terceira dose e disse que o Ministério da Saúde já está acompanhando essa possibilidade e analisando a quantidade de pessoas que precisariam da dose reforço.

 

Assembleia

O debate sobre a terceira dose chegou a Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul. O deputado João Henrique Catan (PL) apresentou um projeto de lei e pediu regime de urgência na ALEMS. O parlamentar explicou que outros países já estão realizando a aplicação da dose reforço, como Israel e Chile. A proposta é importante, segundo o Geraldo Resende, mas é necessária aprovação do Ministério da Saúde. Catan disse não concordar com o secretário de Saúde neste ponto, já que alguns municípios não seguiram exatamente o que está no Plano Nacional de Imunização (PNI). “Nem todos os municípios seguiram à risca a cartilha do PNI, porque cada um tem suas particularidades.”, explicou o deputado.

Durante a sessão desta terça-feira (17), na Assembleia Legislativa, o deputado Pedro Kemp (PT), disse não achar necessário um projeto de lei sobre a terceira dose neste momento, pois o estado não tem autonomia para iniciar a aplicação sem aprovação federal. “Não é caso de projeto de lei. Acaba sendo depois se aprovado uma lei inócua, porque depende de estudos científicos e disponibilização de vacinas por parte do Ministério da Saúde. O estado não tem autonomia para decidir e vacinar, pois ele depende do Programa Nacional de Imunização. Cabe mais a Assembleia Legislativa fazer gestões junto ao secretário de Saúde para que ele encaminhe essa sugestão ao Ministério da Saúde.”, disse Kemp.