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Agosto Lilás

Psicóloga explica como identificar a violência psicológica e quando buscar ajuda

Mês de agosto é de enfrentamento à violência doméstica

Mês de agosto é de enfrentamento à violência doméstica - Arquivo/JPNEWS
Mês de agosto é de enfrentamento à violência doméstica - Arquivo/JPNEWS

No mês em que estão sendo intensificadas as ações de enfrentamento à violência contra a mulher, diversas ações, palestras e conteúdos de conscientização ao tema estão sendo trabalhados no Centro de Referência em Atendimento à Mulher Vítima de Violência – Cram “Halley Coimbra Ribeiro” e parceiros da campanha "Agosto Lilás”, em Três Lagoas.

A programação abordou uma violência muito comum sofrida por diversas mulheres e, que nem sempre são reconhecidas pela vítima: a psicológica. A psicóloga e palestrante do Cram, Iltacléia Nascimento, expôs o problema considerado pela sociedade como uma conduta de fraqueza da mulher submetida a este tipo de violência em relação ao homem.

“A violência psicológica é silenciosa, não deixa marcas visíveis, contudo é devastadora, podendo deixar sequelas no psicológico da vítima para toda vida. Causa dano emocional, baixa estima e compromete o desenvolvimento pessoal da mulher.

De início, discussões e algumas situações podem parecer estresse ou coisas comuns entre casal, porém, a medida em que se tornam frequentes, a violência psicológica já pode ser observada.

“São entendidas violências psicológicas as ameaças, constrangimentos, humilhação, manipulação, isolamento social (proibir estudar, aproximação com amigos e parentes), vigilância constante, perseguição, insultos, chantagem, exploração, limitação de direito, ridicularização, tirar liberdade de crença e distorcer ou omitir fatos para deixar a mulher em dúvida sobre sua memória ou sanidade mental. Qualquer atitude destas afeta diretamente o psicológico e o emocional feminino”, completou.

A psicóloga diz que os homens abusivos utilizam dessa prática para tornar a mulher dependente dele, ou seja, que ela se perceba sozinha e que a única pessoa com quem pode contar é o próprio algoz (abusador).

Conforme dados levantados pelo Cram e demais órgãos, a maioria das mulheres já sofreram violência psicóloga em algum relacionamento afetivo. Essa violência antecede todas as outras. No entanto, a grande maioria das mulheres desconhecem as agressões psicológicas como sendo um ato violento por parte dos companheiros.

A violência psicológica também está entre os abusos que precisam ser combatidos e tem atendimento especial pelo Cram local. A mulher que se sente vítima e precisa de ajuda pode conhecer e contar com o apoio de profissionais capacitados que poderão orientar sobre as providências a serem tomadas e, ainda oferece medidas protetivas por meio dos órgãos parceiros, como Delegacia de Atendimento à Mulher, Defensoria Pública, PODER JUDICIÁRIO, Polícia Militar, PROMUSE (Programa Mulher Segura) e Secretaria Municipal de Assistência Social.

SERVIÇO

O atendimento normal é de segunda a sexta-feira, das 7h às 11h e das 13h às 17h. O telefone do Cram é o 3929-9986. A equipe também atende em regime de plantão (24h), aos sábados, domingos e feriados, pelo telefone (67) 99274-4942.