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Mato Grosso Do Sul

Apesar de aumento na ocorrência de incêndios, impacto de 2020 foi maior, segundo Corpo de Bombeiros

De acordo com comandante Hugo Djan, bombeiros estão atuando mais intensivamente em 2021

Apesar de aumento na ocorrência de incêndios, impacto de 2020 foi maior, segundo Corpo de Bombeiros - Foto: Arquivo/ CBN
Apesar de aumento na ocorrência de incêndios, impacto de 2020 foi maior, segundo Corpo de Bombeiros - Foto: Arquivo/ CBN

Mato Grosso do Sul teve um aumento de 6% em ocorrência de incêndios no ano de 2021, em um comparativo com o ano passado. Neste ano foram registradas 4.029 ocorrências e no ano passado 3.800. O número, segundo comandante Hugo Djan, representa atuação mais intensiva dos bombeiros neste ano. Além disso, o estado também vive uma estiagem mais severa que o ano anterior. Apesar de tudo isso, o impacto do ano passado foi maior, segundo Djan.

O Governo do Estado investiu R$ 56 milhões no Corpo de Bombeiros para prevenção e combate aos incêndios florestais. Uma parte dos materiais para ajudar na ação já foi entregue, mas outra parte, como veículos, ainda não.

Neste ano, o Corpo de Bombeiros Miliar atendeu 2.017 ocorrências de incêndio urbano em Mato Grosso do Sul, sendo seis somente no último domingo (22).

Em 2021, o Corpo de Bombeiros está com o poder de polícia, no sentido de ter autoridade para responsabilizar pessoas que não fizeram a prevenção para evitar incêndios e as que fizeram de forma criminosa.

 

Alerta biomas

O MapBiomas divulgou recentemente uma pesquisa sobre o impacto do fogo nos biomas. Eles analisaram imagens de satélite entre os anos de 1985 e 2020 e perceberam que o Pantanal foi o bioma que mais queimou nos últimos 36 anos, 57% do território foi queimado pelo menos uma vez. Em seguira vem o Cerrado, também presente em Mato Grosso do Sul (36% do bioma pegou fogo). Em entrevista à CBN Campo Grande, o engenheiro agrônomo, Eduardo Reis Rosa, que trabalha no mapeamento de fogo no Pantanal, destacou alguns dos períodos mais críticos nesses mais de 30 anos:

O pesquisador explicou que em períodos de alta inundação, mais matéria orgânica se desenvolve. Quando vem a seca, essa matéria fica seca e acaba se tornando combustível para o fogo. Por isso é importante ações para prevenir incêndios florestais, como a queimada controlada, de forma planejada.