Mato Grosso do Sul teve um aumento de 6% em ocorrência de incêndios no ano de 2021, em um comparativo com o ano passado. Neste ano foram registradas 4.029 ocorrências e no ano passado 3.800. O número, segundo comandante Hugo Djan, representa atuação mais intensiva dos bombeiros neste ano. Além disso, o estado também vive uma estiagem mais severa que o ano anterior. Apesar de tudo isso, o impacto do ano passado foi maior, segundo Djan.
O Governo do Estado investiu R$ 56 milhões no Corpo de Bombeiros para prevenção e combate aos incêndios florestais. Uma parte dos materiais para ajudar na ação já foi entregue, mas outra parte, como veículos, ainda não.
Neste ano, o Corpo de Bombeiros Miliar atendeu 2.017 ocorrências de incêndio urbano em Mato Grosso do Sul, sendo seis somente no último domingo (22).
Em 2021, o Corpo de Bombeiros está com o poder de polícia, no sentido de ter autoridade para responsabilizar pessoas que não fizeram a prevenção para evitar incêndios e as que fizeram de forma criminosa.
Alerta biomas
O MapBiomas divulgou recentemente uma pesquisa sobre o impacto do fogo nos biomas. Eles analisaram imagens de satélite entre os anos de 1985 e 2020 e perceberam que o Pantanal foi o bioma que mais queimou nos últimos 36 anos, 57% do território foi queimado pelo menos uma vez. Em seguira vem o Cerrado, também presente em Mato Grosso do Sul (36% do bioma pegou fogo). Em entrevista à CBN Campo Grande, o engenheiro agrônomo, Eduardo Reis Rosa, que trabalha no mapeamento de fogo no Pantanal, destacou alguns dos períodos mais críticos nesses mais de 30 anos:
O pesquisador explicou que em períodos de alta inundação, mais matéria orgânica se desenvolve. Quando vem a seca, essa matéria fica seca e acaba se tornando combustível para o fogo. Por isso é importante ações para prevenir incêndios florestais, como a queimada controlada, de forma planejada.