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Jânio Quadros e um mandato regado de pressões políticas

Figura emblemática, o ex-presidente da República passou por “perrengues” até a fatídica renúncia

- Foto: Reprodução Internet
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Jânio Quadros, conhecido por ser um dos presidentes mais autoritários do Brasil, viveu um período tenebroso durante o curto período de tempo na presidência da República. De acordo com o colunista Adilson Trindade, o político era “tinhoso” e até pragmático no que se diz respeito à relação com o povo. Mesmo com toda determinação vigente, Jânio não suportou a pressão política da oposição e acabou renunciando. “Ele era forte e determinado, mas não teve força para resistir às pressões políticas e a falta de apoio dos militares. Ele surpreendeu o Brasil com a sua renúncia e não ficou sete meses no cargo de um mandato de cinco anos. Foi um mandato relâmpago”, confirmou Trindade.

Quando se fala da renúncia de Jânio Quadros, há versões de vários tipos sobre os reais motivos. “A versão oficial foi a carta-renúncia apresentada à Câmara dos Deputados. Ali, ele expôs as ‘pressões terríveis’ que vinha sofrendo. Mas há versão de bastidores do Planalto de ele dar um autogolpe. Depois de ouvir seus auxiliares mais próximos, Jânio foi convencido a renunciar ao mandato com a certeza de retomar o cargo carregado nos braços do povo quando chegasse em São Paulo. Tanto que um oficial das Forças Armadas levou a faixa presidencial na maleta para entregar ao Jânio se isso realmente fosse acontecer. E essa faixa nunca foi entrega a Jânio. A informação de bastidores é que esse oficial levou essa faixa para casa dele como recordação dessa história política do Brasil”, destacou.