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Editorial

Três Lagoas, uma cidade com muito lixo nas ruas

Leia o editorial da edição do Jornal do Povo deste sábado (11)

Leia o editorial da edição do Jornal do Povo deste sábado (11) - Divulgação/TVC
Leia o editorial da edição do Jornal do Povo deste sábado (11) - Divulgação/TVC

Embora haja na cidade serviço regular de coleta de lixo, quem anda pelas suas ruas verifica que há lixo espalhado por toda parte. Indiscutível que o lixo da cidade é produzido por todos seus habitantes diariamente, entretanto, cumpre a cada um observar as regras do código de posturas do município, recolhendo e ensacando-o para a coleta que o poder público municipal deve realizar. É mais do que sabido que é proibido jogar lixo nas vias públicas sob pena de multa, mas sistematicamente e não são poucos aqueles que na maior desfaçatez descumprem essa regra. É, por isso, que a cidade apresenta mau aspecto por conta dessa sujeira que diariamente é despejada em suas ruas. Pior, por seus moradores.

O poder público municipal por mais que execute a varrição das ruas e faça periodicamente mutirões de limpeza em bairros para conter endemias como a dengue, Chikungunya, leishmaniose viral, além do combate a outros mosquitos e escorpiões, todos, causadores de infestações nocivas, acaba por ver comprometidos os aspectos positivos que a saúde pública deve apresentar.

O tamanho da cidade e o volume de lixo que é despejado nas suas ruas e em seus bairros chega causar tristeza, porque acaba evidenciando o baixo comprometimento da sua população com o seu próprio bem estar e o aspecto da cidade. O propósito em manter a cidade limpa é um grande desafio a ser vencido e que dará resultados quando cada cidadão fizer a sua parte. Mas, alguns outros aspectos hão de se observar para que a cidade tenha boa aparência. Ora, se está a se exigir nestes dias de muita chuva, quando o mato em terrenos urbanos cresce, a limpeza de terrenos baldios, sob pena de multa, também, dever-se-ia exigir que nestes terrenos se edifique muros e se faça calçadas. E, não são poucos os terrenos que estão situados entre as quatro avenidas nestas condições, dando ares de abandono e com aspecto de sujeira. Certamente, se houvesse dispositivo legal na legislação municipal que imputasse um valor progressivo incidente sobre o imposto territorial urbano, esses imóveis já teriam sido vendidos ou edificados por seus proprietários e a cidade estaria apresentando outro aspecto.

Ora, se imóvel não está disponível para venda, pelo menos que faça murro e calçada. Aliás, essa obrigação está prevista na legislação municipal, entretanto, resta uma pergunta: porque não se exige essa providência? Terrenos sujos, sem muro e calçada, por mais que se faça asfalto, implantem galerias de captação de água de chuva e ilumine nossas ruas com as modernas lâmpadas de led, não mudará o aspecto da cidade, se medidas severas não forem adotadas para o cumprimento da lei. Lixo e sujeira, não combina com cidade que atrai novos moradores e empolga seus habitantes, ainda mais com terrenos urbanos sem muro e calçada.