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Decisão

"Passaporte da vacina" sai da pauta de discussão do governo estadual depois de se tornar polêmico

Assunto divide opiniões e chegou a gerar tumulto em audiência pública na capital

Governador falou sobre o passaporte na manhã desta terça-feira durante visita ao Aquário do Pantanal. - Foto: Isabelly Melo
Governador falou sobre o passaporte na manhã desta terça-feira durante visita ao Aquário do Pantanal. - Foto: Isabelly Melo

O governador de Mato Grosso do Sul, Reinaldo Azambuja (PSDB), disse na manhã desta terça-feira (28), que o "passaporte da vacina" não será o foco das discussões do Prosseguir (Programa de Segurança e Saúde na Economia). "Nós vamos continuar com busca ativa, com o Prosseguir. Quem vai fazer todas as ações que serão feitas é o Prosseguir. Não há nenhuma novidade", afirma Azambuja.

O anúncio vem depois de tumulto ocorrido durante discussões na audiência pública que debateu a medida em Campo Grande nesa segunda-feira (27). Com mais de cem pessoas presentes no plenário da Câmara dos Vereadores, autoridades, representantes do comércio e setor de eventos, elevaram o tom na reunião. Quem usou a tribuna para falar, teve dificuldades por conta dos gritos dos que assistiam o debate.

A situação se intensificou com a fala do secretário de Saúde do Estado, Geraldo Resende, que defendeu o passaporte. "Muitos daqueles que gritam liberdade, liberdade, são aqueles que vão às ruas pedir o fechamento do STF. Que liberdade é essa, quando querem derrubar os instrumentos da democracia, construídos pela minha geração. Não tenho medodo debate. Aliás, esse debate, onde vocês querem estabelecer, eu estarei lá para dizer a vocês, nazistas e facistas da atualidade, vocês não vou prosperar. O nosso povo vai derrotá-los, vai colocá-los na lata de lixo da história". 

Após o discurso do secretário, a audiência precisou ser encerrada e a Guarda Civil Metropolitana foi acionada para conter as pessoas. Resende saiu escoltado do local. 

 

Passaporte

O obejtivo do projeto é que estabelecimentos em todo o estado exijam vacinação para que público possa frequentar esses locais. A medida estava prevista entre ações lançadas pelo governo estadual para retomada segura da economia. Estados como São Paulo já adotam a medida como forma de incenivar a vacinação das pessoas. Em Mato Grosso do Sul, cerca de 200 mil ainda não tomara o imunizante contra o novo coronavírus.