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Em Campo Grande

Com emoção e promessa de efetividade, Deleagro é reinaugurada

Delegacia passa a levar o nome do ex-delegado titular, que faleceu em acidente de trânsito

Delegacia passa a levar o nome do ex-delegado titular, que faleceu em acidente de trânsito - Foto: Isabelly Melo/CBN
Delegacia passa a levar o nome do ex-delegado titular, que faleceu em acidente de trânsito - Foto: Isabelly Melo/CBN

Foi reinaugurada nesta quarta-feira (29), em Campo Grande, a Delegacia Especializada de Combate à Crimes Rurais e Abigeato (Deleagro), que passa a levar o nome Delegado Mikaill Alessandro Gouvea Faria, em homenagem ao ex-titular na Delegacia, que faleceu em acidente de trânsito em maio deste ano, ao retornar da primeira operação da nova especializada

A solenidade de inauguração aconteceu na sede da Deleagro, localizada na Rua Mário Edson de Barros, 121, no Bairro Chácara Cachoeira. Representantes de diversos setores ligados a segurança pública estiveram presentes, além de familiares do ex-delegado.

Em homenagem ao primeiro titular da unidade, a viúva Raissa abriu as falas, lembrando da atuação de Mikaill, exemplo não só para a corporação. “Quando a gente ainda namorava ele já dizia que era casado com a Polícia. Nós temos muita gratidão e orgulho da pessoa que o Mikaill foi, tão maravilhoso em sua trajetória de vida, até os seus 42 anos”, declarou.

Os pais do ex-delegado, Francisco e Maria Helena, receberam das mãos do governador Reinaldo Azambuja uma placa em homenagem ao filho. Enquanto Francisco, único filho de Mikaill, foi presenteado com uma réplica da viatura da Deleagro.

Sobre a Delegacia

Muito ansiada pelo setor agropecuário, a Delegacia Especializada de Combate à Crimes Rurais e Abigeato – Delegado Mikaill Alessandro Gouvea Faria foi oficialmente criada no dia 28 de abril deste ano. Em pleno funcionamento, a Deleagro tem como missão reprimir e investigar crimes como o abigeato (furtos de animais domésticos no campo e fazendas, principalmente de gado), bem como investigação e repressão de furtos e roubos de insumos, defensivos e maquinários agrícolas.

De acordo com o delegado titular da Deleagro, Mateus Zampieri, subtrações acima de 50 cabeças de gado ou de objetos relacionados a atividade do campo com valor acima de R$80 mil serão diretamente reportadas a especializada.

“Compete a Deleagro prestar apoio as unidades do interior na repressão e investigação a essas modalidades de crimes, realizar levantamentos estatísticos, mapear as atividades criminosas ligadas ao setor do agronegócio”, explicou o delegado.

Além disso, Zampieri informou que buscará firmar convênios e parcerias com outros órgãos da segurança pública e entidades ligadas ao agro, contando com policiais treinados e amplo conhecimento no setor. A única ressalva diz respeito aos crimes de competência federal, nesses casos, a Deleagro prestará apoio às demais unidades policiais na apuração de crimes contra o agronegócio.

Representando as entidades ligadas ao setor, o Diretor-Presidente da Famasul, Marcelo Bertoni, destacou a importância da Delegacia, que é tida como uma conquista para o agronegócio sul-mato-grossense. “Em épocas do ano nós temos muitos insumos dentro (de áreas rurais) que valem muito. Dependendo da região nós temos problemas de abigeato todos os dias, problema de furto de milho. Então, eu tenho certeza que para nós é um avanço”, pontuou Bertoni.

Secretário de Estado de Justiça e Segurança Pública, Antonio Carlos Videira frisou a necessidade da união entre estado, segurança pública e parcerias com outros estados para chegar ao sucesso em operações e ‘materialização’ de projetos, como a Deleagro.

“Campo Grande amplia por demais as áreas cultivadas e nós temos um crescimento no valor agregado em tecnologia. Proteger esse setor não é só garantir a presença, é impedir danos maiores. O problema não é só a vaca (furtada), é o leite que ela produz, o queijo que deixa de ser produzido. Então nós temos que assegurar o combate eficaz”, disse.

Videira colocou Mato Grosso do Sul como referência nacional, e falou sobre a necessidade de os poderes estarem em sintonia também com estados e países vizinhos, como o Paraguai e Bolívia, por serem rotas de interesse os criminosos.