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Operação Mercês

Polícia Federal investiga fraudes na eleição municipal de 2020 em Corumbá

Há cumprimento de sete mandados de busca e apreensão e servidores municipais são alvo da ação

Polícia Federal investiga fraudes na eleição municipal de 2020 em Corumbá - Foto: Rodolfo César
Polícia Federal investiga fraudes na eleição municipal de 2020 em Corumbá - Foto: Rodolfo César

A Polícia Federal em Corumbá desencadeou operação na manhã desta terça-feira (19) para dar andamento a investigação sobre possível formação de organização criminosa por servidores públicos municipais e membros do poder legislativo para praticar fraude no processo eleitoral. Os crimes teriam sido praticados na eleição municipal de 2020. 

Conforme averiguação até o momento, os servidores estariam utilizando a máquina pública para garantir apoio político. 

Conforme apurado até o momento, policiais federais encontraram duas armas, munições e drogas durante o cumprimento de mandados na Operação Mercês. O trabalho é para apurar possíveis crimes eleitorais praticados por servidores públicos municipais e membros do poder legislativo municipal.

A operação está cumprindo sete mandados judiciais de busca e apreensão em Corumbá. Os mandados foram expedidos pela Justiça Eleitoral em Corumbá e houve decretação total de sigilo. "A Polícia Federal deflagrou nesta terça-feira a Operação Mercês, tendo como alvo uma possível Associação Criminosa formada por servidores públicos municipais e membros do poder legislativo municipal, que teriam praticado crimes eleitorais e contra a administração pública nas eleições municipais do ano de 2020 em Corumbá", divulgou a PF, em nota.

Ninguém foi preso até o momento, mas um termo circunstanciado foi elaborado por conta de droga localizada. Houve também a apreensão de várias mídias, que agora serão analisadas pela Perícia Oficial da Polícia Federal.

A PF informou que o caso está sob sigilo e não divulgou o nome de envolvidos na investigação. Também não confirmou se vereadores estão sendo investigados.

O nome da operação foi dado por conta do termo “mercês” ser originado do latim e sintetiza o modo de funcionamento da prática eleitoreira clientelismo, observada nesta investigação.

"Por meio da troca de favores, ou troca de mercês, estes investigados utilizaram a máquina pública, que deveria servir tão somente ao povo, para angariarem apoio político para suas próprias candidaturas ou de terceiros", divulgou a PF.