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Três Lagoas

Túmulos de político, matador de aluguel e 'milagreiro' são os mais visitados em cemitério

'Personalidades' que fazem parte da história de Três Lagoas são lembradas no feriado de Finados

Túmulo do ex-senador Ramez Tebet é o mais visitado no cemitério de Três Lagoas - Arquivo/JP
Túmulo do ex-senador Ramez Tebet é o mais visitado no cemitério de Três Lagoas - Arquivo/JP

No Cemitério Municipal Santo Antônio, em Três Lagoas, muitas pessoas aproveitam o Dia de Finados não só para visitar o túmulo dos entes queridos, como demonstração de respeito e uma forma de aliviar a saudade, mas também para ir aos mausoléus famosos do local.

Ao menos três túmulos sepultados no cemitério local atraem visitantes ao longo de todo o ano, principalmente, neste feriado. Os mais visitados são, segundo a administração do cemitério, o do ex-senador Ramez Tebet, o Camisa de Couro e o do Zé Camisola.

Os túmulos são visitados por pessoas comuns, que, talvez, nem chegaram a conhecer estas pessoas, mas levam flores e prestam suas homenagens.

Em primeiro lugar destaca-se o ex-senador Ramez Tebet, natural de Três Lagoas. O "filho da terra", que já foi prefeito de Três Lagoas e governador do Estado, faleceu em novembro de 2006. Muito querido pelos três-lagoenses e políticos em geral, seu velório ocorreu no Ginásio Municipal de Esportes “Professora Cacilda Acre”, e reuniu o ex-presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva e o atual presidente da República, Michel Temer. 

Na sequência aparece o matador profissional, o “Camisa de Couro”, como ficou conhecido. Antonio Aragão é um de seus cinco nomes e, de acordo com a literatura regional, o temido “pistoleiro” se transformou em um dos bandidos mais famosos da região. Conhecido pelo charme e elegância, o Camisa de Couro foi assassinado aos 27 anos de idade, com 12 tiros em frente à Estação Ferroviária por policiais que estavam lá à paisana.

O terceiro colocado deste ranking é túmulo do Zé da Camisola, considerado um dos personagens milagreiros marcados na cultura popular de Três Lagoas. Deficiente físico e mental, ele vivia caminhando pelas ruas da cidade. Quem o via, corria imediatamente por conta de sua aparência. O apelido surgiu devido às roupas que ele costumava vestir, sempre um camisolão de cor clara, longo, que o cobria até o pé. A história de Zé da Camisola ficou marcada após a sua morte, há 48 anos, aproximadamente, por conta das inúmeras visitas recebidas por pessoas em busca de milagres.