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Imbróglio

Consórcio Guaicurus pede subsídio à Prefeitura e já debate reajuste da tarifa para 2022

Câmara realiza no dia 3 de dezembro audiência para debater qualidade do transporte público na Capital

Atrasos são constantes, segundo usuários. - Arquivo/CBN
Atrasos são constantes, segundo usuários. - Arquivo/CBN

A Câmara Municipal de Campo Grande, através da Comissão Permanente de Transporte e Trânsito, realizará no dia 3 de dezembro uma audiência pública para debater as problemáticas do transporte público da Capital. Mesmo em meio as discussões, Consórcio Guaicurus pediu subsídio para custear manutenção dos serviços e já prepara debate sobre reajuste da tarifa.

Segundo o presidente da comissão, o vereador Alírio Vilassanti (PSL) algumas demandas já foram repassadas a Agetran (Agência Municipal de Transporte e Trânsito), que é a reguladora do serviço. “Estamos atuando em três vertentes. Já tratamos do escalonamento de horários das escolas municipais e estaduais, que já melhorou bastante. A reforma dos terminais, que já foram três, e ainda faltam seis e também as aglomerações e atrasos”.

Ainda segundo o vereador Alírio, o Consórcio Guaicurus solicitou à Prefeitura um subsídio financeiro para ajudar no custeio da manutenção do serviço. Sobre a questão, o diretor-presidente da Agereg (Agência Municipal de Regulação dos Serviços Públicos), Odilon Júnior, disse que a agência não foi notificada.

A respeito do reajuste anual da tarifa do ônibus, Odilon revelou que uma reunião deve começar a debater a questão na próxima semana. Entretanto, conforme o vereador Alírio, não é possível falar em reajuste e subsídio sem a melhora na prestação dos serviços.

Problemas

Um dos principais problemas apontados pelos usuários do transporte coletivo é a interrupção da circulação de linhas importantes. A atendente Aryela Lovera, de 26 anos, mora na região oeste da Capital, e reclama que após o pico da pandemia, uma das principais linhas que sai do terminal da Júlio de Castilhos com destino ao Shopping Campo Grande, o 86, saiu de circulação, o que causa grandes transtornos no deslocamento.

“Era muito bom poder fazer todo o trajeto pegando somente uma linha. Agora, é preciso pegar, no mínimo, duas. Nos domingos, os horários previstos no mapa do consórcio não são cumpridos. É muito complicado esperar mais de uma hora para pegar o ônibus e ele não passar”, disse.

Já a estudante Leticia Ferreira, de 25 anos, mora na região do terminal bandeirantes e também se queixa da interrupção de linhas. “Antes o trajeto que durava meia hora, passou a ser de uma hora e vinte minutos, ou até mais. Eu calculo minha rota já contando com o atraso das linhas. Antes saia no máximo uma hora antes de casa, agora saio, no mínimo, uma hora e meia antes para conseguir bater o ponto na hora certa”, explica.

De acordo com o diretor-presidente da Agetran, Janine Bruno, a interrupção das linhas citadas tem uma justificativa. “Antes da pandemia, várias linhas saiam de terminais com destino ao Shopping. Entretanto, a grande parte dos usuários descia na Praça Ary Coelho, ou na Prefeitura. Esses ônibus seguiam vazios até o Shopping. Por isso houve essa reorganização. Os ônibus vão até a praça e lá, é possível pegar outra linha que segue até o shopping”, justifica.

O consórcio Guaicurus foi procurado pela reportagem, mas até a publicação da reportagem os questionamentos não foram respondidos.