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Capital regride seis posições em ranking de competitividade dos municípios

Funcionamento da máquina pública também rendeu resultados negativos

Capital ficou atrás de Três Lagoas dentro do Estado - Reprodução/Wikipédia
Capital ficou atrás de Três Lagoas dentro do Estado - Reprodução/Wikipédia

A Capital regrediu seis posições no Ranking de Competitividade dos Municípios de 2021, realizado pelo CLP (Centro de Liderança Pública). Campo Grande ficou em 99º lugar entre as cidades brasileiras no quesito competitividade. Além do desempenho pífio, a Capital também apareceu na 200ª posição, entre centenas de municípios brasileiros, no indicador de inserção econômica.

Segundo a pesquisa, a Capital também caiu nove posições no quesito funcionamento da máquina pública, chegando a 14º posição. Uma das quedas mais drásticas foi em relação a sustentabilidade fiscal. A administração do prefeito Marquinhos Trad retrocedeu 75 posições e agora passa a ocupar a posição 228º na lista.

Recentemente, avaliação da STN (Secretaria do Tesouro Nacional) classificou Campo Grande em situação crítica de endividamento com nota C. O apontamento considera que a cidade se encontra em um cenário de incapacidade de cumprir com os compromissos financeiros.

Assim, até mesmo os empréstimos da gestão municipal não poderão ser tomados. Na avaliação do economista e professor da UCDB Michel Constantino, o ranking é extremamente importante para nortear a capacidade de atração de investimentos.

 "Esse ranking não é de todos os municípios brasileiros. São só de 411 municípios. Bom, estamos numa boa colocação, mas quando olhamos pro passado, para o ano passado a gente caiu seis lugares. Então Campo Grande caiu seis lugares e Dourados e Três Lagoas subiram bastante. Bom, mudou um pouquinho o critério de análise. Então esse critério de análise de gestão fiscal e mais questões de meio ambiente, isso tudo impactou no ranking. O que acontece nesse ranking é enquanto você pode melhorar né? Então por exemplo Campo Grande pode melhorar só que tem municípios que melhoram mais e aí eles vão pra parte superior do ranking. Então sempre é um ranking dinâmico e a gente tem que acompanhar e principalmente avaliar sobre como que o gestor público vai tomar decisões pra melhorar essa pontuação", explicou.

O acesso a saúde também ficou mais precário em Campo Grande, seguindo o levantamento. A cidade caiu 25 posições, chegando a 233º posição. Segurança, capital humano e saneamento foram alguns dos quesitos nos quais houve melhora. O ranking é uma ferramenta que analisa a realidade nos 27 estados da federação para auxiliar lideranças locais na pauta de assuntos mais urgentes a serem resolvidos e também na melhoria da competitividade e da gestão pública.

Confira a pesquisa completa: